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Como a localização inteligente vai aprimorar os dados coletados pela Internet das Coisas

Publicado em 02/03/2017

Artigo | Por Silvio Maemura

A Internet das Coisas (IoT em inglês) é um ponto de virada histórico para as empresas e a respeito de como as interações com os consumidores na Era Digital serão transformadas. A IoT já provou criar mudanças sísmicas em como as empresas operam, da mesma forma que a Internet e a computação móvel influenciaram o mundo em que vivemos hoje.

As empresas já estão aplicando as análises dos dados gerados pelos sensores habilitados para a IoT a fim de otimizar as próprias operações. Os primeiros a adotarem colherão as recompensas dessa abordagem de dados, usando-a para guiar o desenvolvimento da próxima geração de dispositivos de consumo e até mesmo, para abrir segmentos de mercado inteiramente novos.

Bilhões de dispositivos conectados – dispositivos móveis, rastreadores vestíveis de atividades físicas e sensores em veículos, por exemplo – atualmente geram imensas e inimagináveis quantidades de dados, que continuarão a crescer em taxas exponenciais nos próximos anos. Se os dados puderem ser usados para liberar maior impacto econômico, eles precisarão ser analisados na busca de padrões e conclusões por meio das análises apropriadas. Felizmente, a ciência dos dados amadureceu ao ponto em que temos hoje ferramentas de análises avançadas necessárias para responder a diversas questões que guiam as organizações para fazer melhor uso de seus dados. As empresas podem então delegar algumas das suas tomadas de decisões para as máquinas.

O que é fundamental compreender sobre a IoT é a noção de que tudo acontece em algum lugar. Você não pode desfrutar da Internet das Coisas ou da Internet das Coisas Industriais sem o reconhecimento da localização precisa e em tempo real. Isso não é possível sem ferramentas e softwares de GIS (Sistema de Informação Geográfica), que são uma peça crítica para catalisar o crescimento das aplicações de IoT. No entanto, os consumidores não se voluntariarão para esse tipo de coleta de dados se as empresas não conseguirem obter o retorno de valor para elas. É por isso que os dados baseados em localização, alinhados com a análise de dados, são fundamentais quando se trata das empresas aproveitarem melhor a onda da IoT.

Ao mesmo tempo em que a IoT ainda não está madura e muitas empresas adotarão uma abordagem de “aguardar para ver” por alguns anos, as empresas que não começarem a se planejar – especialmente aquelas com recursos físicos -  estarão perdendo uma oportunidade e ficarão à mercê de ameaças competitivas e disruptivas.

Ao coletar e analisar os dados de equipamentos e máquinas, as empresas podem aumentar a produtividade, minimizar ou eliminar o tempo de inatividade e gerenciar melhor o tempo de atividade. Mas para isso, as análises avançadas de dados da IoT precisam possibilitar casos de uso que gerem receita adicionais e reduzam os custos de operação. Ao promover simplicidade, automatizar e delegar tomadas de decisões serão possíveis e os casos de sucesso começarão a aparecer em curto prazo.

Isso tudo será possível num tempo mais curto na medida em que os líderes das empresas começarem a aderir a IoT como parte crucial dos seus negócios. Para entender como as ameaças e oportunidades afetam sua indústria e seus negócios, os líderes devem pensar em longo prazo. Eles devem pensar à frente, vislumbrando oportunidades potenciais de diferenciação e transformação e não parar no caso de negócio imediato visando apenas uma mera redução de custos.

No futuro, aproveitar a IoT exigirá um nível de conhecimento de dados e análises que muitas organizações não possuem, especialmente com a integração que será necessária entre os dados estruturados e não estruturados. Por isso, é necessário pensar na utilidade dos dados capturados e não apenas na simples coleta.

 

Silvio Maemura é gerente geral da Pitney Bowes Brasil

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