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Humanologística: uma nova forma de ver a estrada brasileira

Publicado em 10/08/2021

A logística rodoviária está na linha de frente da transformação digital e tem tudo para mudar a maneira de levar e trazer cargas no país. O futuro prevê conforto para motoristas, performance para as empresas, com uma cultura forte e, acima de tudo, humana


Foto: Divulgação

Artigo | Por Thomas Gautier*

O Brasil assiste a uma revolução sem paralelo nas estradas. Ao mesmo tempo que tecnologia e inteligência de dados dão sinal verde para estratégias mais eficientes em logística, o mercado de frete tem chance única de beneficiar motoristas e empresas, colocando os usuários das rodovias no centro do negócio. Com serviços, informações, apoio e muito mais segurança, essa transformação, que é digital & humana, está apenas começando.

Se o Brasil inteiro vive uma transformação digital, por que nossas rodovias ficariam de fora do circuito? Esse é um momento muito importante para o país, em que nossa malha rodoviária está assistindo à maior revolução high-tech de sua história. Uma revolução com diversos pontos de partida: empresas, asfalto, pessoas. Um movimento que está mudando a forma de usar a estrada para aproveitar oportunidades e fazer negócios.

Quem pensa no futuro muitas vezes pensa a imagem de uma estrada, um caminho próspero, e, mesmo que você não trabalhe com logística rodoviária, o futuro é comum a todos nós. Por isso, quero convidar você a pensar a estrada. Empresários, Caminhoneiros, viajantes, famílias ou, simplesmente, pessoas e marcas que enviam ou esperam um produto que atravessa uma rodovia. Pensar estradas traz a tentação de pensar em números e eu, que já estou acostumado a refletir sobre elas, sugiro que você vá além da quilometragem.

Assim como temos a Agricultura, a Tecnologia, a Comunicação ou a própria Economia Criativa, penso a Estrada (sim, com “E” maiúsculo) como um setor independente na indústria. Um setor vigoroso. Uma pista que alcança muito mais do que seu trajeto se propõe a alcançar. E aqui faço questão de ressaltar: nessa revolução sem barreiras, nossa estrada é, acima de tudo, humana. Como se diz na Humanologística, feita de pessoas para pessoas e incluindo valores como empreendedorismo, criatividade, protagonismo.

Nos 402 quilômetros de extensão da Via Dutra, por exemplo, imagine quantos empregos são criados para servir a estrada, uma das principais do país. Hotéis, restaurantes, mercados, postos de combustíveis e outros estabelecimentos. Imagine quantas fábricas e galpões escolhem um dos 36 municípios à beira da rodovia para se instalar – porque o acesso é fácil e escoar a produção é uma tarefa mais simples. Em uma região por onde passam 50% do PIB brasileiro, essas cidades reúnem 25 milhões de pessoas, quantidade maior que as populações de Bélgica e Suécia juntas. Pessoas que se beneficiam, orientam suas vidas e crescem com as estradas.

Todo mundo tem uma história para contar que envolve uma estrada. Histórias de infância, de passeio e até de trabalho. Um dos personagens das estradas são as empresas. A revolução nas rodovias torna mais fácil para as organizações encontrarem o motorista perfeito para realizar entregas em qualquer lugar do Brasil, por meio de ambientes digitais, como um aplicativo. Otimiza a logística, proporcionando tempo para outras atividades do negócio e maior eficiência na operação. Permite cultivar relacionamentos duradouros, pontes com motoristas especializados em levar e trazer seu tipo de carga. Transforma os caminhos em meios mais acolhedores e amigáveis.

O principal protagonista das estradas, porém, é o Caminhoneiro. Não importa o seu destino, nem o quanto precisa dirigir até lá. O mais importante é chegar bem, com conforto e segurança para o motorista e para a carga. A revolução nas estradas entende que o frete precisa ser prático e simples, favorecer as margens e os ganhos. O Caminhoneiro tem que ter autonomia para montar seu roteiro, encontrar suas cargas rapidamente. Rodar feliz, com o caminhão sempre cheio, fruto de um sistema que flua, e flua com inteligência.

Organizar o frete por meio de dados digitais promove o uso eficiente das estradas, reduzindo o número de viagens, uso de combustível e permitindo realizar mais com menos. Ainda assim, na minha visão particular sobre as estradas, essa revolução embora fortemente digital, deve ser menos tecnocêntrica e mais guiada pela satisfação das pessoas. Isso é Humanologística. Uma forma de pensar em que os motoristas, além de estarem no volante, também estão no comando de suas vidas, com mais liberdade para usar seu tempo livre, estar com quem ama, investir no que gostam. Uma evolução focada no bem-estar de quem faz a cultura da estrada.

A Humanologística enxerga o Caminhoneiro muito além daquele espaço estreito dentro do caminhão. Preocupa-se com sua saúde, educação, o lado financeiro. Enxerga a logística dentro do que existe nas estradas e no entorno delas. Na Humanologística, motoristas e embarcadores percebem – por meio do tratamento que dedicamos a eles, das ações para facilitar a sua vida, da preocupação com a segurança de dados, ou da fidelização nos serviços – que existem pessoas atentas às suas necessidades.

É por isso que, nos novos tempos, além das praças de pedágio, dos aplicativos de frete e dos postos de reabastecimento, o foco nas pessoas está se tornando parada obrigatória. Na Humanologística, movemos Caminhoneiros, movemos produtos e movemos sonhos. Nossa revolução é 100% digital e coletiva, pois quem põe um caminhão na estrada nunca está sozinho. Depois que a tecnologia ajudou a transformar casas, escritórios, fábricas, galpões e lojas, convido você a estar do nosso lado para transformar as nossas estradas. A bordo do caminhão, no pátio da fábrica ou na sua empresa, venha fazer com a gente essa revolução humana.

 

*Thomas Gautier tem 18 anos de experiência em grupos internacionais e assumiu como CEO do Freto em 2021. O executivo iniciou sua carreira na França e tornou-se CFO da Repom, no Brasil, em 2013. Em 2017, virou diretor-geral da Repom e, em 2018, passou a ser Head do Mercado Rodoviário do Grupo Edenred, quando, em sua gestão, o Freto nasceu.

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