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Diretor executivo da LogPlan exalta o uso de isotanques como alternativa assertiva e sustentável

 

Publicado em 10/02/2017

Vagner Martini conversou com a MundoLogística sobre as vantagens em utilizar isotanques, que apresenta demanda cada vez maior no Brasil

Por Christian Presa | Redação MundoLogística

O Brasil é um país privilegiado por dispor da possibilidade de uso de mais de um modal de transporte. No entanto, existem algumas tecnologias que otimizam a logística em geral, como os tankcontairners (também chamados de isotanques). Os equipamentos são desenvolvidos para o transporte de materiais variados e se adequam a qualquer modal. Além disso, são equipamentos indicados para produtos de alta periculosidade.

Acreditando nesSe tipo de solução, a LogPlan, com sede em Barueri (SP), foi fundada em 1994 por três ex-funcionários do Grupo Unipar e logo nos primeiros anos recebeu um isotanque, fazendo os fundadores perceberam o potencial para transportar líquidos em navios containers. Hoje, 22 anos depois, a LogPlan é uma das empresas mais importantes a ofertarem essa solução do país.

A Revista MundoLogística conversou com o diretor executivo da LogPlan, Vagner Martini, sobre esse assunto. Graduado em Engenharia Química pela Universidade de Mogi das Cruzes (1988), com pós-graduação em Administração pela Universidade de São Caetano do Sul (1993) e MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (2014), Martini integra a equipe da LogPlan desde 1997 e é um dos únicos profissionais do Brasil com conhecimento pleno em isotanques.

MUNDOLOGÍSTICA: Quais são as particularidades de um isotanque e como a LogPlan começou a ofertar esse tipo de serviço?
VAGNER MARTINI: Os isotanques, chamados também de tankcontainers ou tanktainers, são equipamentos padronizados com uma estrutura de 20’ e por dentro possuem um cilindro fabricado em aço inox, podendo variar de 15.000 a 26.000 litros. Existem outros tipos de isotanques para produtos específicos, tais como gases, cimento, cloro, asfalto entre outros. A Logplan começou a ofertar isotanques desde o início das operações para carregamentos de produtos food grade, óleos lubrificantes, produtos químicos e petroquímicos em geral.

Executar esse tipo de serviço segue procedimentos diferenciados. Como funciona a operação em si?
Primeiramente precisamos definir o tipo de isotanque a ser carregado, o que irá depender das características físico-químicas de cada tipo de produto a ser transportado. Em seguida, é preciso preparar o isotanque com uma readequação do equipamento.

Quais as vantagens em utilizar esse tipo de transporte?
A vantagem é a multimodalidade. Pode-se levar qualquer tipo de produto seja por rodovia, balsa, navio ou trem. Hoje, várias empresas também utilizam esse tipo de equipamento como tanques estacionários, diminuindo assim o custo de estocagem, pois esse equipamento pode ser assentado diretamente no terreno usando pouca infraestrutura.

O isotanque é uma modalidade indicada também para transporte de cargas perigosas. Diante disso, quais cuidados devem ser tomados?
Os cuidados a serem tomados são definir o melhor equipamento e se atentar aos dados técnicos de cada produto informados pelo cliente.

Há uma demanda elevada para esse tipo de processo no Brasil?
Sim. Acredito que tirando a recessão que o Brasil vem enfrentando, a demanda fica ao redor de 60.000 unidades ano, entre importação e exportação no comércio internacional. Quanto à movimentação doméstica há pouca informação disponível e confiável. Estamos trabalhando para melhorar essa situação.

Qual a importância desse tipo de transporte para a operação logística em geral?
Principalmente a multimodalidade. Além disso, os isotanques se apresentam como um equipamento mais resistente mecanicamente do que os carros tanques e proporcionam menor emissão de carbono quando transportado em trens e navios na cabotagem.

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