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Terceirização: uma estratégia de valor para o setor de Logística e Transportes

 

Publicado em 26/04/2022

Em entrevista exclusiva para a MundoLogística, o diretor do Grupo RT, André L. da Silva, destacou vantagens dessa estratégia e pontuou os critérios que devem estar considerados para aderir à terceirização

Por Christian Presa


Foto: Divulgação

O cenário contemporâneo é marcado por uma evidente globalização, que foi possível com o advento de tecnologias como a internet e a integração de processos. Porém, para além do que esses recursos podem oferecer, o que se nota é que esse efeito também é identificado nas relações de negócios, com empresas reconhecendo o potencial de parcerias.

Com foco em otimização para chegar cada vez mais longe, muitas companhias têm optado por terceirizar processos e operações. Nesse sentido, nasceu o Grupo RT. A companhia iniciou as atividades em 2012, em Sumaré (SP), com foco em atender um único cliente. Com o passar do tempo e a qualificação adquirida para atuar no segmento de Transportes, o Grupo RT agregou novos serviços e hoje se define como uma referência no setor de Logística e Transportes. Atualmente, a empresa atua nos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Em entrevista exclusiva para a MundoLogística, o diretor da empresa, André L. da Silva, destacou as vantagens de optar pela terceirização no segmento de Logística. Além disso, o executivo avaliou como esse tipo de estratégia tem potencial de adesão nos próximos anos e pontuou os critérios que devem estar no radar de uma empresa que queira terceirizar processos.
 



MUNDOLOGÍSTICA: Na sua visão, quais são as principais vantagens que a terceirização pode trazer e por que uma empresa deve terceirizar?

ANDRÉ L. DA SILVA: Inúmeras vantagens. Podemos destacar as principais vantagens de se terceirizar em duas frentes: tangíveis e intangíveis. Tangíveis são custo de um terceirizado mês a mês é mais barato [média de 5 a 8%]; a gestão deste colaborador; faltas, atestados, férias e afastamentos; gestão da folha; gestão de uniformes e EPIs; turnover e treinamentos. No caso dos intangíveis, trata-se de reclamações trabalhistas, redução a longo prazo o custo operacional e beneficiamento de tributos [abatimento de impostos].

A Logística é um setor que envolve operações de todos os níveis de complexidade. Considerando isso, quais são os cuidados/requisitos que uma empresa deve ponderar ao terceirizar os processos logísticos?

Ter uma empresa referência [segmento], que tem padrões, procedimentos e treinamentos voltados para o segmento. Que seja especializado em operações de transporte e logística.

Uma das vantagens que mais deve atrair a atenção de potenciais clientes é a redução de custos – algo que está no radar dos gestores constantemente. Porém, existe algum caso (ou algum tipo de operação) em que a terceirização não é recomendada?

Não, qualquer área pode ser terceirizada hoje, se pegarmos hoje qualquer empresa do segmento, pode ter certeza que todas as áreas tem terceirização de algum segmento, em algumas empresas a entrega, outras o picking. Isso diverge de acordo com a operação e tipo de negócio. Como gestor do segmento de terceirização, aconselho sempre todas as empresas que a parte de liderança não deve ser terceirizada.

Dado o fato de que o cenário contemporâneo é globalizado e conectado, você acredita que as empresas estão mais dispostas a aderirem à terceirização?

Sim, certamente. O mundo terceiriza hoje, apenas o Brasil que estava um pouco atras por conta da nossa justiça do trabalho [leis]. Porém, desde 2017, com a flexibilização da terceirização, isso vem crescendo absurdamente no nosso país e as empresas estão enxergando que a médio prazo é benéfico terceirizar.

Como você enxerga essa iniciativa – a terceirização em logística – para os próximos anos?

A nossa visão é em cima de fatos, dados e inúmeros feedbacks de clientes.  Desde 2017, tivemos um aumento (crescimento) de 350% da empresa, o resultado operacional para todos os lados (contratante e contratado) é muito satisfatório. Hoje, no país, temos uma escassez de mão de obra qualificada, a dificuldade de se encontrar profissionais em diversas áreas é muita. Quando você se qualifica em um determinado segmento [como nós no de Logística e Transportes] facilita para os dois lados, pois podemos focar, formar e treinar esse pessoal. Mesmo com rotatividade, a escassez é diminuída pois temos foco no segmento.

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