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ADM vai comprar terminal portuário no Pará para grãos

Publicado em 01/08/2012

A multinacional Archer Daniels Midland Company (ADM), uma das maiores empresas do agronegócio do Brasil, fechou acordo para comprar um terminal portuário no Estado do Pará, anunciou nesta terça-feira a companhia.

A ADM não deu informações sobre a localização exata do terminal em função de um acordo de confidencialidade com o vendedor, segundo a assessoria de imprensa da empresa norte-americana no Brasil. O valor do negócio não foi revelado.

No Pará, a ADM já investe na produção de óleo de palma, por meio de um acordo com centenas de agricultores familiares, para em 2016 abrir uma unidade processadora da oleaginosa.

"Adicionando este porto estrategicamente localizado à nossa rede logística já existente no Brasil, aumentaremos nossa capacidade de exportar grãos do oeste e norte do país, expandindo também nossas operações de fertilizantes", disse em comunicado Valmor Schaffer, presidente da ADM América do Sul.

A ADM já atua nos maiores portos do país e possui um terminal em Santos.

"Este porto irá aumentar o alcance global da ADM, conectando a lavoura brasileira a mercados na Europa, Oriente Médio e Ásia, através do Canal do Panamá", acrescentou ele.

O porto no Pará atualmente é projetado para embarque de minerais, e a ADM planeja convertê-lo para atender a demanda de grãos e insumos agrícolas.

A ADM disse que pretende operar com capacidade de 3 milhões de toneladas de grãos e insumos agrícolas por ano, após a conclusão de obras de readequação da unidade.

A empresa informou ainda que irá modificar as instalações de forma que o porto receba navios Panamax, além de duplicar sua capacidade de armazenamento.

No Brasil, a empresa processa soja em quatro fábricas e comercializa as marcas de óleo de soja Concórdia, Corcovado e Sadia.

A companhia opera ainda a maior fábrica individual de biodiesel do Brasil, cinco misturadoras de fertilizantes, uma planta de processamento de cacau, uma planta para produção de etanol e mais de 40 silos.

A empresa norte-americana anunciou também nesta terça-feira lucro trimestral abaixo do esperado, devido a fracas margens do setor de etanol, o que acabou atingindo as ações da empresa.

A presidente executiva da ADM, Patricia Woertz, disse que foi um trimestre "desafiador" devido a uma forte seca nos Estados Unidos, que elevou os preços dos grãos, prejudicando a capacidade das empresas terem lucro com a produção do biocombustível a base de milho.

O lucro ajustado por ação foi de 38 centavos de dólar por ação. Os analistas esperavam ganhos de 60 centavos por ação.