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Arco Norte deve equilibrar demanda de exportação do agronegócio em 10 anos

Publicado em 04/03/2016

Terminal Público de Outeiros e demais terminais privados aumentarão a capacidade de movimentação entre 7 e 8 milhões de toneladas por ano

O esforço do ministro dos Portos, Helder Barbalho, em definir as poligonais e liberar licitações de terminais portuários, para movimentar os investimentos privados e públicos no Arco Norte, região que compreende os Estados de Rondônia, Amazonas, Amapá, Pará e segue até o Maranhão, garantirá ao País, em 10 anos, um equilíbrio entre a oferta de soja e milho, e a capacidade de movimentação de carga nos portos brasileiros, aponta o especialista em Logística e Infraestrutura, Luiz Fayet.

“Com a definição das poligonais, os investimentos privados para a construção de Terminais de Uso Privado tornam-se possíveis e, com a construção do Terminal Público de Outeiros, possibilitarão a diminuição do “Custo Brasil” para a exportação das safras localizadas nas novas fronteiras: Mato Grosso, Brasília e Bahia, principalmente”, explica Fayet.

Atualmente, a maior parte da plantação de soja e milho dessas regiões é transportada via rodovia até o Porto de Santos, São Paulo. “Gasta-se, hoje, cerca de US$ 130,00 a US$ 140,00  por tonelada para exportar pelo Sudeste. Ao fazermos pelo Norte, conseguiremos diminuir entre US$ 50,00 e US$ 60,00 esse custo.”

Segundo Fayet, os maiores beneficiados com a ampliação da capacidade dos portos do Arco Norte serão os produtores e exportadores de milho. Além disso, beneficia-se também toda a cadeia de prestadores de serviços e equipamentos para a infraestrutura portuária, que deverá testemunhar um aumento na demanda por soluções aplicadas à operação nos portos e terminais.

Oportunidades de negócios
A consolidação da região do Arco Norte e os recentes anúncios de investimentos são vistos com bons olhos pela cadeia de fornecedores de equipamentos, tecnologia e serviço de infraestrutura portuária e armazenagem. “A notícia traz ânimo para o mercado. Com a construção de novos terminais, consequentemente, novos equipamentos voltados à inspeção serão necessários e a Nuctech do Brasil encontrará diversas oportunidades de negócios”, destaca o analista de Marketing da empresa, William Floria no Júnior. A empresa é uma das expositoras da InfraPortos South America, feira dedicada à tecnologia e equipamentos para armazéns, terminais e portos, que acontece em abril, em São Paulo.

Para o executivo Mario Teixeira Peres Júnior, sócio-diretor da EcoRestauradora, que também participa da Infraportos South America, os terminais privados são vistos como uma injeção de investimento para levantar o mercado. “A saída da crise é a inovação, por isso investimos em tecnologia e imaginação. Com muita dedicação, é possível reverter o quadro de uma economia desfavorável.”

InfraPortos South America
A InfraPortos South America – Feira e Conferência Internacional sobre Tecnologia e Equipamentos para Armazéns, Terminais e Portos, chega a sua terceira edição e acontece paralelamente à Intermodal South America, nos dias 5, 6 e 7 de abril, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Evento exclusivamente dedicado à infraestrutura portuária e de terminais, reunirá cerca de 60 empresas dedicadas a desenvolver soluções em equipamentos e serviços para a atividade portuária em geral e espera receber 4.000 profissionais qualificados.

A UBM Brazil também organiza as Conferências InfraPortos, com temáticas relacionadas à infraestrutura, regulamentação portuária, construção e investimentos, meio ambiente e legislação, eficiência portuária  e mais. A InfraPortos South America conta com o apoio da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), Clube da Âncora, Câmara Oficial Espanhola do Comércio no Brasil e Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais (Sindipesa).