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Avanço da ecoinovação esbarra no déficit de profissionais qualificados

Publicado em 26/09/2023

Cenário é semelhante ao exposto pela pesquisa da MundoLogística, que revelou que 6 em cada dez executivos veem a capacitação como maior dificuldade para adesão de novas tecnologias

Por Christian Presa


Insight é de pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (Foto: Freepik)

O déficit de profissionais qualificados é um obstáculo na digitalização para além da logística. No caso da evoinovação — que se caracteriza pela criação de soluções e processos inovadores que sejam ecologicamente sustentáveis —, a falta de profissionais qualificados foi apontada como o maior desafio para que a agenda avance dentro das companhias.

O insight é da pesquisa “Sondagem Especial: Ecoinovação e Transformação Digital”, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada no último domingo (24).

Os dados revelados mostraram que as principais barreiras citadas foram restrições orçamentárias (33%), a necessidade de investir em outras áreas estratégicas (29%) e limitação de tempo disponível para treinamento (20%. Para enfrentar o cenário, 76% dos participantes da pesquisa revelaram que têm apostado em treinamentos para funcionários.

O DESAFIO DA DIGITALIZAÇÃO

O paradigma é semelhante ao contexto exposto pela pesquisa divulgada pela MundoLogística durante o “Diálogos”, evento realizado em agosto deste ano. Segundo os resultados apurados, 62,2% dos executivos consideram a capacitação de colaboradores como a maior dificuldade para adesão de novas tecnologias no setor.

Ao todo, a pesquisa teve aproximadamente 100 respostas, incluindo a de gestores de companhias como Loggi, PepsiCo, Jadlog e iFood.

“Há necessidade de combinar esforços individuais, com o profissional liderando sua própria formação e sua própria carreira, com esforços das empresas, identificando gaps de qualificação e ofertando conteúdo de atualização para o benefício do próprio negócio”, ressaltou o head de Comunidades da nstech e idealizador da pesquisa, Paulo Oliveira.

A Market Director da consultoria Robert Half, Carolina Cabral, concorda com essa visão de corresponsabilidade entre empresa e colaborador. “A questão é que não basta só criar o processo tecnológico. É preciso treinar. [...] Tem que ser algo fácil, amigável e intuitivo. Existe uma responsabilidade de quem programa e é responsável pelo input das informações de fazer isso de uma forma acessível para o usuário.”