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Cabotagem é apontada como o futuro do transporte de cargas no Brasil

Publicado em 16/02/2017

Mesmo diante da crise econômica, o segmento apresentou resultados positivos e tem futuro promissor

Nos últimos anos, a cabotagem vem sendo apontada como um dos modais com maior crescimento na movimentação de cargas brasileira. Fatores como segurança e bom custo benefício impulsionam esse crescimento, que torna a cabotagem um segmento lucrativo em potencial. Empresas como a Aliança Navegação e Log-In Logística, referências em cabotagem, corroboram essas perspectivas.

Segundo o diretor comercial da Log-In, Márcio Arany, já é possível perceber que muitas empresas estão migrando o transporte parcial ou total de suas mercadorias do modal rodoviário para a cabotagem. “No ano passado, entre novas rotas e clientes, a Log-In registrou 600 operações. Neste ano, o interesse de empresas de diversos setores se mantém: entre cinco a dez clientes fazem testes com a cabotagem toda semana”, afirma.

O gerente geral de Mercosul e cabotagem da Aliança Navegação, Marcus Voloch, acrescenta vantagens para optar por esse modal. “Além da redução de custos em relação ao transporte rodoviário de 10% a 15%, a cabotagem se configura em um autêntico transporte porta a porta, que une rapidez e economia por meio de um planejamento de operações multimodais, resultando em um meio de transporte sustentável, com baixa emissão de CO². Para quem utiliza o transporte marítimo, outras vantagens são a rastreabilidade em qualquer ponto, a integração dos modais para otimização da cadeia logística e menor índice de avarias.”

Crescimento
Márcio Arany destaca que os negócios da Log-In em cabotagem devem continuar crescendo em 2017. “O Serviço Atlântico Sul da Log-In, por exemplo, conecta toda a costa brasileira, desde Fortaleza, no Ceará, até Buenos Aires, na Argentina. Nosso tráfego de volumes no Mercosul aumentou 7,4% no terceiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior, com um avanço acumulado de 11,5% nos nove primeiros meses do ano passado em relação a 2015. Este segmento tem crescido progressivamente após a redução das barreiras à importação promovida pelo governo argentino e acreditamos que os volumes transportados nesta rota manterão trajetória de crescimento em 2017”, pondera o diretor.

Já Marcus Voloch lembra que, mesmo diante de um cenário recessivo em 2016, a Aliança Navegação e Logística finalizou o ano com crescimento de 7% na cabotagem e 210 mil contêineres movimentados – 15 mil a mais que em 2015. “Os setores que mais cresceram foram os de alimentos, químicos e resinas, produtos de limpeza, papelaria, embalagens e materiais de construção”, destaca.