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CCR adia obras e eleva lucro em 64%

Publicado em 17/05/2012

  Companhia de concessões de transporte do país, a CCR teve um lucro líquido de R$ 288,6 milhões no primeiro trimestre - aumento de 64,7% se comparado ao contabilizado um ano atrás. O resultado da companhia, que tem como controladores os grupos Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, foi influenciado tanto pela melhora no desempenho operacional (pela postergação de obras) como pelo menor prejuízo financeiro.
 
Na parte operacional, o faturamento cresceu 14% na comparação, para R$ 1,31 bilhão. O item foi influenciado por dois motivos. O primeiro foi a maior receita de pedágio (13% superior, para R$ 1,19 bilhão), que subiu influenciado pelo aumento do tráfego (5,1%).
 
O segundo foi o aumento de 26,2% de outras receitas, que têm origem em controladas fora do segmento rodoviário - como a ViaQuatro, que teve evolução com três estações inauguradas depois de março do ano passado. "Essa companhia contribuiu com R$ 20 milhões de receita", diz Arthur Piotto, diretor de relações com o investidor da CCR.
 
Além das maiores receitas, houve redução de 11,7% nos custos do trimestre, que somaram R$ 518,1 milhões. Esse item foi influenciado principalmente por custos de construção, que diminuíram 45,4% - somando R$ 74,2 milhões. Essa diminuição foi causada por uma postergação de investimentos da companhia nas concessionárias NovaDutra e ViaOeste. "Nos próximos trimestres, é natural ver uma aceleração dos custos de investimento."
 
Na parte financeira, houve redução do prejuízo em 17,8%, para R$ 169,1 milhões, pela menor inflação do período atual (contabilizada no item variação monetária) e pela desvalorização do real, que influem sobre dívidas.
 
O endividamento medido pela relação dívida líquida sobre Ebitda baixou de 2,3 para 1,9. Ainda neste ano, contribuirá para elevar essa alavancagem (para cerca de 2,2, conforme Piotto) a aquisição de ativos aeroportuários de Andrade e Camargo. Deve ser feita emissão de nota promissória para a compra, diz Piotto. Também será consolidada a dívida desses ativos, na proporção das participações adquiridas (40% a 49%).