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Centro logístico: gerador de emprego e renda

Publicado em 26/01/2015

“Os centros logísticos são responsáveis por elevada geração de empregos e receitas para o município. Atraem para a cidade outros empreendedores, com atividades correlatas e novos moradores – profissionais com alta qualificação, que demandam a construção de condomínios de médio padrão”. A afirmação é de Chico Brito, prefeito do município de Embu das Artes, São Paulo, onde a Hines acaba de inaugurar seu segundo empreendimento, o Distribution Park Embu II, investimento de R$ 120 milhões, construído em terreno de 127 mil m², com área locável de 52,3 mil m², sendo um módulo de 8.000 m² e os outros sete com 6.000 m².

Segundo o prefeito, o primeiro centro logístico da Hines, implantado em 2009, na cidade, o Distribution Park Embu, com dez galpões, criou 3.000 empregos em áreas como segurança, refeitório e expedição, entre outras. “Pelo tamanho do DP Embu II, teremos, pelo menos, 400 novos empregos no bairro de Itatuba. É uma região de perfil mais rural, porém com uma comunidade ao lado de cerca de 2.000 habitantes de baixa renda, atuando em subempregos, como jardinagem e limpeza de piscinas. O empreendimento traz uma nova perspectiva de emprego e renda para esses moradores e, também, para os que vivem em todo o município e divisas com Cotia e Itapecerica da Serra”, afirma Brito.

Corredor
A Hines é a primeira empresa a investir na construção de empreendimento logístico no corredor empresarial, aprovado no Plano Diretor de 2012. “Nossa meta é atrair, no mínimo, mais 50 empresas para os 9 km do corredor, que tem acesso, de um lado, pela rodovia Raposo Tavares e, de outro, pela BR 116, além de fácil acesso ao Rodoanel. É, portanto, uma localização estratégica”, explica Brito.

Em fevereiro próximo, serão iniciadas as obras de duplicação da avenida Jorge de Souza, que garante o acesso pela BR 116, envolvendo R$ 10 milhões, verba já incorporada ao Plano Plurianual do Governo Federal. Outros R$ 80 milhões, com a mesma origem, garantirão a criação de toda a infraestrutura de transporte do corredor regional Embu das Artes, Cotia, Itapecerica. Nesse caso, a expectativa é que as obras comecem no segundo semestre deste ano.

“Apesar da importância desse corredor empresarial, o perfil da cidade, que é multivocacional, não mudará”, lembra o prefeito, referindo-se aos setores de turismo, pelo qual Embu das Artes é conhecida, além dos hotéis de médio e alto padrões, localizados em área de Mata Atlântica, de comércio e serviços, e de indústrias. “O segmento de logística, área de atuação da Hines, é ainda novo para a cidade e muito interessante, por se tratar de atividade não poluente e geradora de emprego e renda.”

Segundo ele, o futuro da cidade está nesse corredor empresarial, um dos três eixos de desenvolvimento para Embu das Artes, que se completa com a destinação de 22 áreas para a construção popular e ampliação da preservação ambiental. “O Plano Diretor está calcado no tripé da sustentabilidade, atendendo ao viés econômico, social e ambiental. A Hines deu um passo importante nesse sentido, ao preservar 25 mil m² de Mata Atlântica dos 127 mil m² de terreno, onde construiu o DP Embu II. Nessa área, nunca ninguém mexerá e a Hines teve a consciência disso, além dos recursos sustentáveis incorporados ao condomínio logístico.”

Sustentável
O Distribution Park Embu II é o primeiro empreendimento da Hines, concebido para a conquista do LEED Gold (Leadership in Energy and Environmental Design) e já pré-certificado LEED C&S U.S. Green Building Council® (USGBC®). As providências do projeto do DP Embu II, assinado pelo arquiteto Nelson Dupré, somaram-se à consultoria da OTEC em sustentabilidade e à competência de execução da Libercon Engenharia, resultando em um empreendimento que assegurará conforto e economia ao usuário. A seguir, alguns destaques.

Preocupação ambiental
Ainda na fase de concepção do projeto, a Hines encomendou estudo ambiental do terreno, para identificar em quais áreas o empreendimento poderia ser implantado e como minimizar o impacto ambiental. Foi mantida uma área de mais de 25 mil m², onde estava a mata mais preservada do lote. O centro logístico foi construído na parcela do terreno com intervenção prévia, onde já havia platô e pouca vegetação. Foram plantadas 2.638 mudas, inclusive, utilizando várias espécies que não existiam mais ali. “Foi um processo exemplar, porque o empreendimento pôde ser implantado com bons resultados financeiros, preservou uma parte importante de vegetação, além do acréscimo de uma compensação significativa para a região”, destaca o engenheiro Steven Mathieson, gerente de Incorporação da Hines.

Eficiência energética
O projeto de iluminação natural do DP Embu II trará 32% de economia no consumo de energia elétrica, resultado da instalação de aberturas zenitais associadas a sensores de luminosidade. A cobertura possui 3,3% de área de abertura para iluminação, realizada por placas prismáticas, que potencializam a entrada de luz, protegendo o interior da incidência direta de radiação solar. “A solução alcança 74% de transmissão luminosa, feita de forma difusa, confortável ao olho humano e com menor impacto sobre os produtos armazenados no galpão. O material que compõe as placas prismáticas reduz a absorção do calor proveniente do sol em 51%, diminuindo o impacto da radiação sobre a temperatura interna”, informa a arquiteta Maíra André, do departamento de Eficiência Energética da OTEC.

Os sensores de iluminação artificial controlam a totalidade das lâmpadas. “Quando a luz natural fica abaixo de 250 lux, o sensor identifica e liga 50% da iluminação. Ao escurecer mais, o sistema aciona os outros 50%. Caso a luminância caia muito abaixo dos 250 lux, 100% das lâmpadas são acionadas de uma só vez”, explica o engenheiro Steven Mathieson, gerente de Incorporação da Hines.

Reuso de água pluvial
A água da chuva, coletada nas coberturas do empreendimento, é encaminhada, por meio das calhas e condutores verticais e horizontais, aos filtros de detritos. A água limpa segue para o reservatório de água não potável, com capacidade para 125 m³ ou 125 mil litros. Dentro do reservatório, a água sofre a cloração feita por um clorador flutuante. A água reservada é, então, succionada pela bomba por uma mangueira conectada a um filtro flutuante. “Como a bomba deve abastecer diretamente vários pontos de consumo, que podem ser abertos simultaneamente ou não, o seu acionamento se dará por meio de um inversor de frequência, que regula a potência da bomba, de forma a manter constante a pressão na saída do sistema de tratamento”, relata o economista Mozart Stephan, analista de Incorporação da Hines.

Na sequência, a água passa por um filtro e por um hidrômetro, seguindo, então, para a rede não potável do empreendimento. Quando a água da chuva não supre a demanda necessária para os usos previstos, o reservatório é, automaticamente, alimentado com água da rede de água potável, mediante o acionamento de uma válvula solenóide. O nível do reservatório de captação é, automaticamente, controlado por chaves de nível, responsáveis por habilitar a bomba, protegendo-a de trabalho a seco, e acionar a válvula solenóide.

Pátio
Todos os detalhes do DP Embu II foram pensados no projeto, como a área de manobra de caminhões com 40 m de largura e rampa de acesso de empilhadeiras. No pátio externo, foi utilizado sistema misto de piso. Foi empregado piso intertravado, após uma faixa de 20 m de concreto, a partir da doca. Essa área de concreto é importante, devido ao desgaste causado pela manobra dos caminhões na doca. Além disso, o piso na área da portaria, onde os caminhões param para a identificação, também foi feito em concreto. Os motoristas dispõem de vestiário, refeitório e sanitários, além de ambulatório médico e sala de enfermagem.

“Como ficamos com o imóvel, temos uma preocupação grande em construir, buscando uma redução no custo de operação e manutenção. Nossos condomínios possuem as menores taxas condominiais do mercado”, comenta Benny Finzi, diretor da Hines.