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Cinco passos para planejar sua importação em 2018

Publicado em 21/02/2018

Carlos A. Souza, coordenador comercial da Allog Internatioal Transport, traz recomendações para organizar operações, reduzindo custos e aumentando índices de produtividade

Importação não pode ser feita de improviso. Segundo o coordenador comercial da Allog International Transport, Carlos A. de Souza, o importador precisa unir critérios de negociação com os fornecedores e calcular as opções logísticas para ter certeza que a operação está sendo feita com sucesso.

Além disso, o importador deve solicitar ao exportador estrangeiro a remessa de um documento que formaliza o preço praticado na operação, condição de venda (Incoterms), a modalidade de pagamento e o prazo de entrega da mercadoria, já que a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) pode solicitar do importador informações ou a documentação pertinente.

Segundo Carlos, a elaboração de um bom planejamento logístico é responsável por reduzir custos de produção e de armazenagem e aumentar a velocidade de entrega do produto. “Quando se fala em planejamento logístico, significa pensar em como importar um produto de qualidade e com o menor gasto possível”, ensina.

Para tal, existem cinco passos para planejar a logística de importação em 2018:

1. Projeção de compras no comércio internacional
É preciso reunir os critérios de negociação com os fornecedores e calcular as opções logísticas para ter certeza que a compra na importação está sendo feita com sucesso. Segundo o coordenador comercial da Allog, também é importante planejar a logística na hora de fazer a projeção de compras no exterior, verificando se o produto continua competitivo depois de somar todos os custos.

Na hora de fazer o cálculo, é preciso observar a distância que a mercadoria vai percorrer dentro do país de origem. Negociar o Incoterm, valor FOB ou EXW é fundamental, assim como o custo do frete internacional até o Brasil. O comprador precisa ter conhecimentos logísticos e um bom parceiro para ajudar a avaliar todos os custos da operação.

2. Avaliar fornecedores
Para avaliar fornecedores sob a ótica logística, deve-se primeiro analisar as opções geográficas para atender a demanda de tempo e custo com a eficiência que a operação precisa. Ao negociar com fornecedores próximos de grandes portos da China como Shanghai, Shenzen ou Dalian, o comprador  garante um custo menor. Já para fornecedores no interior do pais, dependendo do Incoterm negociado, os custos podem aumentar substancialmente.

Carlos de Souza explica que, para compras menores do que um contêiner, existe a opção de consolidar no armazém de empresas logísticas, que irão realizar o empacotamento e unitização e facilitar a operação ao importador.

3. Escolha do transportador
Ao avaliar o parceiro logístico internacional é necessário ter confiança na qualidade e responsabilidade. Um agente de cargas precisa facilitar o estudo logístico de todas as rotas e opções de armazenagem, transporte rodoviário no país de origem, transporte internacional, seguro de cargas e um constante fluxo de informações para manter o importador sempre informado do andamento da carga.

Alguns agentes vão além de simplesmente movimentar a mercadoria, pois apresentam negociações até mais competitivas que os armadores, facilitam o fluxo de informações e se adaptam à realidade de cada cliente, além de trazerem indicadores de desempenho para atuar estrategicamente nas decisões de que logística melhor atende o negócio.

4. Planejamento de embarques
Uma vez definido que as compras valem a pena, que o fornecedor consegue atender aos objetivos do negócio e que a logística está redonda, está na hora de planejar o fluxo de importações para atender as vendas no Brasil. Neste ponto é importante conhecer a sazonalidade da demanda dos clientes e ter em mente os feriados que podem impactar nas suas operações tanto em fornecimento como na logística.

“No Ano Novo Chinês, por exemplo, dificilmente alguém conseguirá negociar com a China, até porque trata-se de um feriado que envolve cultura e religião, dois grandes pilares da sociedade daquela país”, diz Souza.

5. Monitorar mudanças no cenário das rotas de compra
Após ter toda a operação rodando com eficiência, é de suma importância monitorar as variações nos cenários econômico e logístico, nas tratativas fiscais e de simples demanda e oferta para o produto negociado. Em resumo, em base a margem do seu negócio, é fundamental ter uma análise a cada lote de importação para saber se houve alterações que impactem no seu negócio. Como é difícil manter todas as informações na mesa, contar com parceiros estratégicos, que entendam e agreguem para ao negócio, faz uma grande diferença.