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Com a alta do dólar, escolha do operador logístico e portuário pode gerar ganhos de até 60% no custo com importações

Publicado em 28/10/2015

A disparada do dólar para o patamar de R$ 4 diminuiu o volume de importações no País. Consequentemente, o valor do frete marítimo também caiu. Porém, com a falta de demanda de carga, as companhias marítimas estão cancelando embarques momentaneamente (geralmente a linha da semana) até terem volume suficiente para compensar seus custos. Esse período é o chamado Blank Sailing. O problema é que na semana seguinte, os fretes provavelmente ficam mais caros. É aí que surgem oportunidades de redução de custos para os clientes, que mantêm contratos de médio e longo prazos e comprometimento com armadores de alto nível.

O frete marítimo da China para o Brasil, por exemplo, caiu de US$ 2,2 mil por contêiner (TEU - unidade de 20 pés), em 2012, para US$ 700 a US$ 1,2 mil (TEU), em 2013 e 2014. Atualmente, está entre US$ 50 a US$ 100 (TEU). “Como esse baixo valor não é sustentável para os armadores, aqueles que conseguem manter os seus fretes congelados em contratos podem se salvar do Blank Sailing, sem as oscilações de preço do General Rate Increase (GRI)”, explica Thiago Fernandes, do Grupo Columbia, que atua no comércio internacional.

Segundo ele, os portos públicos, privados e secos aduaneiros (CLIAs) também estão mais dispostos à negociação. “Hoje, temos contratos com linhas da Ásia para praticamente todos os portos do Brasil, o que nos dá condições de determinar o melhor terminal para o nosso cliente com o custo mais acessível”, relata. Já há portos brasileiros que não cobram o chamado Primeiro Período da carga que aguarda a liberação no terminal, como forma de incentivar a movimentação de produtos no Estado.

Fernandes aponta outra vantagem. “Temos contratos de comprometimento com alguns portos e CLIAS no Brasil, o que nos proporciona um custo diferenciado do praticado no mercado, além de reforçar a confiança e a credibilidade junto aos operadores portuários.”

Nos meses de agosto e setembro, a Columbia figurou entre os maiores importadores nos portos de Santa Catarina. Em 2015, a empresa já nacionalizou mais de 3.000 contêineres nos terminais marítimos do Estado, vindos da Ásia, Europa e América do Norte. “Isso abre outras oportunidades para mais redução de custo, o que também pode viabilizar outros segmentos, como o de armazenagem e distribuição”, informa Fernandes.

Em vez do pessimismo com os impactos da alta do dólar nas importações, ele demonstra uma visão otimista. “Esse é o momento certo para negociar e reduzir custos. Temos de proteger nossos clientes da crise econômica e incentivá-los a importar e exportar cada vez mais”, defende o especialista em comércio exterior.