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Demanda por transporte aéreo de cargas cai 1,1% em novembro

Publicado em 09/01/2020

A demanda por transporte aéreo caiu por 13 meses seguidos. Acredita-se que a queda tenha relação com o enfraquecimento da economia global

 

Contraindo a tradicional força do segmento no trimestre, a demanda por transporte aéreo global caiu em novembro passado. O mercado de carga aérea (medida em quilômetros por toneladas de carga, ou FTKs) já vinha pendendo fôlego desde os últimos meses de 2018.
Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), o indicador ficou estável em novembro ante o registrado em igual mês de 2017 – o pior desempenho desde março de 2016. Esse resultado se segue ao crescimento de 3,2% em outubro, que ficou acima dos 2,5% vistos em setembro mas abaixo do verificado nos 29 meses anteriores.

 

Demanda por transporte x economia global

Na avaliação da entidade, a perda de ritmo da demanda de carga aérea pode estar associada aos sinais de enfraquecimento da economia global e de fatores-chave ao setor, como a confiança do consumidor. A Iata observa ainda que o componente “novas encomendas à indústria” do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) global mostra baixas mensais consecutivas e está abaixo de 50,0 desde setembro – patamar que normalmente sugere queda das exportações.
Para 2019, a associação projeta uma expansão de 3,7% em FTK, sustentada pela expansão acelerada do e-commerce, grande demandante de transporte aéreo de carga.

 

“Os riscos de piora estão crescendo. As tensões comerciais são objeto de grande preocupação. Precisamos que governos se concentrem em induzir crescimento através do comércio global, e não em barrar suas fronteiras com punições tarifárias”. Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da Iata.


Ainda em novembro, a oferta mundial no segmento (apurada em toneladas-quilômetro disponíveis, ou AFTK, na sigla em inglês) subiu 4,3% no comparativo anual. Esse foi o nono mês consecutivo em que o crescimento da capacidade superou o da demanda. Com isso, a taxa de ocupação caiu 2,2 pontos porcentuais, para 51,5%.
Na Ásia-Pacífico, região com maior market share no transporte aéreo de carga, o tráfego recuou 2,3% ante novembro de 2017. Já as companhias da América do Norte reportaram, pelo segundo mês consecutivo, a maior taxa de crescimento da demanda entre as regiões, com alta de 3,1% no comparativo anual.