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DHL Express foca na regionalização e em PMEs para crescer no Brasil

Publicado em 05/12/2014

Dólar e compras online em sites do exterior tornam o País uma das operações-chaves para o braço de entregas expressas do grupo alemão

Acostumada a identificar e traçar, diariamente, as melhores rotas para a prestação de seus serviços, a DHL Express já definiu o caminho mais viável para escalar suas operações no mercado brasileiro, nos próximos anos: a expansão regional e o fortalecimento das estratégias voltadas às pequenas e médias empresas (PMEs) do País.

“Fizemos um grande investimento no Brasil, nos últimos três anos e, em 2015, nosso plano é aproveitar essa infraestrutura para acelerar nosso crescimento no País. O foco na regionalização e no auxílio às operações de importação e exportação das PMEs são os principais fatores que estão direcionando essa estratégia”, destaca Alan Goldsmith, diretor de Marketing e Vendas da DHL Express no Brasil.

Uma conjunção de fatores coloca o Brasil como uma das operações-chaves no contexto global da DHL Express. “O dólar está chegando a um patamar que favorecerá uma maior participação do comércio brasileiro, no mercado internacional. Ao mesmo tempo, os brasileiros estão comprando mais produtos no exterior e acreditamos que essa demanda seguirá crescendo”, acrescenta Goldsmith.

Uma pesquisa recente da Ipsos, em parceria com o PayPal, mostra que, nos últimos 12 meses, 50% dos brasileiros que fizeram compras online adquiriram produtos em sites do exterior.

Um dos movimentos recentes da companhia foi consolidar, em 2014, a oferta completa de seu portfólio global, no Brasil. Para isso, a empresa expandiu seu serviço de Carga Aérea Expressa às cidades de Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte. Disponível, até então, em São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus, o serviço é voltado às remessas formais de itens com valor acima de US$ 3.000, o que inclui componentes e materiais usados em processos de fabricação, além de produtos para revenda, no País. A oferta inclui a importação e exportação direta nas cidades em questão, sendo que a DHL Express responde por todo o processo de despacho e liberação das cargas junto à Receita Federal.

Até 2013, os negócios, no País, estavam mais focados no segmento de courier, que engloba itens mais voltados ao consumidor final e abaixo de US$ 3.000. “Além da entrega mais rápida, os clientes podem ter maior controle e se beneficiar dos incentivos fiscais, em cada uma dessas cidades. Queremos facilitar esse processo e isso conta muito, por exemplo, para as PMEs. Estamos registrando um crescimento de 20% nessa oferta”, explica Goldsmith.

Outro passo nessa via de regionalização foi o investimento de US$ 1,5 milhão na construção de um gateway próprio da companhia, no aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, que é o terceiro da empresa no País, os outros dois estão localizados nos aeroportos de Guarulhos, São Paulo, e do Galeão, Rio de Janeiro.

A estrutura que entrou em operação também contará com o serviço de remessa formal e será a primeira no País a receber voos próprios de remessas originadas nos Estados Unidos, Ásia e América Latina, em uma parceria com a Atlas. “Teremos importação mais rápida e Viracopos passa, também, a ser uma opção de contingência, caso ocorra qualquer problema em Guarulhos”, ressalta Goldsmith.

No plano das PMEs, uma das principais iniciativas da DHL Express foi o desenvolvimento da plataforma Connected Americas, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com empresas como o Google e a Visa. Lançada em março, a solução é uma rede social para conectar companhias de toda a América Latina, com prioridade para as cerca de 500 empresas brasileiras já cadastradas.

Além de favorecer o acesso a toda cadeia de fornecedores, compradores e investidores da região, a rede traz informações detalhadas sobre os processos de importação e exportação, em diversos mercados, abordagem que é uma extensão de soluções já oferecidas pela DHL Express. “São ferramentas para tornar esses processos mais fáceis para esse perfil de empresa. A rede é mais um canal para ampliarmos o contato com esse público”, lembra o executivo.

Entre outros recursos, as estratégias para PMEs envolvem a formação de um time 100% dedicado e a realização de eventos periódicos. “Não estamos deixando de dar atenção aos grandes clientes, mas essa base já está mais consolidada e busca nossos serviços em escala global. As PMEs têm necessidades diferentes e suas operações exigem mais customização”, acrescenta Goldsmith.

Fonte: Brasil Econômico