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Empilhadeiras a gás natural facilitam a operação nas indústrias e no mercado logístico

Publicado em 09/09/2016

Com a redução nas tarifas do gás natural, alternativa com energético chega a ser 50% mais econômica, em relação ao GLP

O aumento da competitividade do gás natural, a partir de 31 de maio, é um impulso a mais para o energético ampliar a sua presença entre as empilhadeiras, máquinas usadas para a carga e a descarga de mercadorias em paletes, nos centros de armazenagem e distribuição. Com a redução das tarifas, que chegou a 21% para o segmento industrial, conforme definido pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), o gás natural ficou até 50% mais econômico para os grandes consumidores, em relação ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), mais conhecido como gás de botijão.

Segundo o gerente executivo Business to Business (B2B) da Comgás, Sergio Pais, a solução é bastante utilizada na Europa e vem crescendo no Brasil.  “A Comgás vem oferecendo essa alternativa desde 2010, inicialmente, por meio de um programa de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). A partir de 2014, os resultados começaram a ser obtidos, com a conversão de, aproximadamente, 100 empilhadeiras por ano. No total, em nossa área de concessão, existem mais de 600 empilhadeiras operando com gás natural. A nossa competitividade pode impulsionar ainda mais esses números”, afirma Pais.

Entre os fatores que influenciam a tomada de decisão de substituição de combustível, de GLP para gás natural, estão o fornecimento contínuo, a maior segurança operacional na etapa de abastecimento, com a redução do movimento de caminhões dentro da fábrica para o transporte e o abastecimento de GLP, e a diminuição do valor do seguro do imóvel, devido à retirada de combustível armazenado.

A fábrica de máquinas Caterpillar é a indústria que possui maior número de empilhadeiras convertidas para gás natural, com 115 equipamentos. Para o engenheiro de Projetos de Manufatura da Caterpillar, Fernando César Slanzon, são várias as vantagens da utilização do gás natural. “É um energético que tem preço muito competitivo, menor do que o do GLP. Elimina a necessidade de ter tanques de armazenamento de GLP, diminuindo os riscos de sinistro; evita a operação de abastecimento do tanque de GLP, reduzindo significativamente o risco de incidentes e acidentes, além de suprimir a circulação de caminhões-tanques na empresa.” O gás natural proporciona, ainda, benefícios ambientais: reduz de 50% a 97% a emissão de monóxido de carbono, quando comparado ao GLP, e diminui a emissão do dióxido de carbono (CO2).

O sistema de compressão e abastecimento de gás natural é o mesmo utilizado em postos de combustíveis. “O compressor é utilizado para elevar a pressão de disponibilidade do gás natural (1 bar a 7 bar) até a pressão de abastecimento (220 bar). O sistema de compressão deve ser adquirido de fabricantes homologados no mercado, que fornecem e fazem a instalação dos equipamentos no cliente, bem como o treinamento dos operadores. O abastecimento é simples”, explica Pais.

A capacidade dos cilindros varia de 16 a 20 m³ de volume. A autonomia varia em função da forma de utilização da empilhadeira, em relação à distância percorrida e às cargas içadas e transportadas. Em uma indústria de vidros, por exemplo, a autonomia média é de 6 horas. Além das indústrias, a solução também é aplicável para as empresas de logística. Entre outros clientes da Comgás estão a Clariant (setor químico), Majopar (pisos cerâmicos) e Maxion (autopeças).