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Entrega de medicamento por drone é simulada em São Paulo

Publicado em 05/12/2019

 

A Novartis, em parceria com a RD – RaiaDrogasil, simulou em São Paulo a entrega de medicamento por drone. Prática ainda precisa ser debatida e estudada

 

A ideia é ampliar e agilizar o acesso a fármacos no Brasil. Por isso, a Novartis, em parceria com a RD - RaiaDrogasil, realizou uma entrega de medicamento por drone.
Por enquanto, a entrega foi apenas uma simulação, mas já contribuiu para estimular o redesenho da logística na indústria farmacêutica.

O voo foi feito, com drone modelo DJI Matrice 200, em Embu das Artes (SP), onde ficam os centros de distribuição de medicamentos da Novartis e da RD.  O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) autorizou a simulação, que ocorreu em área de mata, sem residentes, conforme a legislação atual.

 

Informações sobre o voo

O drone percorreu uma distância de quase 2 km, a uma velocidade de 30 km/h em quase 5 minutos, tendo seu trajeto monitorado em tempo real, com alterações de rotas ou cancelamento da operação sendo possíveis de serem realizadas a qualquer momento, assegurando assim a segurança do teste.

 

Leia também: Medicamentos já são entregues por drones nos EUA

 

Entrega de medicamento por drone no Brasil ainda precisa ser estudada

O teste, apesar de bem-sucedido, é ainda o primeiro passo nessa trajetória. Um grupo de trabalho formado por profissionais da área jurídica e de supply da Novartis e por demais profissionais de empresas parceiras tem a missão de avaliar e propor possíveis ações que assegurem a viabilidade deste tipo de iniciativa em larga escala. O teste realizado comprova a possibilidade e provoca os players e a sociedade brasileira a ter um debate mais profundo sobre as oportunidades e os desafios das entregas com veículos não-tripulados, os chamados drones.

 

Opinião dos envolvidos

"A RD é uma empresa conectada com as mudanças que vem ocorrendo no setor farmacêutico e, ao lado da Novartis, pensa sempre em tudo o que pode melhorar a vida do consumidor e suas experiências de compra. Nosso foco é colocar os clientes no centro do negócio, por isso vemos muita sinergia com este projeto".

Erivelton Marcos de Oliveira, diretor de logística da RD.

 

"O uso de drones para entregas de medicamentos inaugura uma nova era para a logística de fármacos, uma vez que possibilita a ampliação do acesso em áreas remotas e mais agilidade no fornecimento, com possível redução de impacto ambiental e do tempo de entrega".

Jorge Ryzwaniuk, Head de Supply Chain da Novartis - Brasil.



Regras para uso de drone no Brasil

A regulamentação do espaço aéreo apresenta normas e restrições para o uso de aeronaves remotamente pilotadas (RPA). É proibido pilotar drones sobre pessoas, exceto quando elas autorizam. No caso de não ter a autorização, o drone deve manter uma distância de 30 metros das pessoas. Quando as RPAs forem voar acima dos 121 metros, os pilotos precisarão ter licença e habilitação, além de serem maiores de idade. As autorizações para pilotar drones são emitidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).