Free flow: Pedágio sem cancela será testado na rodovia Ayrton Senna, em São Paulo

Além da melhoria de fluxo, o novo sistema de pedágio tem como diferencial a cobrança proporcional ao trecho percorrido; atualmente, o free flow está em uso em mais de 20 países

Por Redação, com informações de Estradão

Foto: Divulgação

O sistema free flow (“fluxo livre”, em português), caracterizado pela passagem livre de veículos nos pontos de cobrança de pedágio, será testado na rodovia Ayrton Senna, em São Paulo. Por meio de pórticos com câmeras de monitoramento, que substituirão as cancelas e os pontos físicos de cobrança, a cobrança aos motoristas será feita de acordo com a distância percorrida.

O objetivo do projeto é a melhoria do fluxo e a geração de uma tarifa mais justa. Além disso, a promessa é que o free flow também traga mais segurança nas estradas com pedágio.

Para a implementação, os pontos físicos de cobrança serão extintos. Para substituí-los, serão instalados câmeras, sensores e antenas que operam em condições adversas de visibilidade. Quando o veículo passar pelos pórticos, as câmeras farão a leitura das imagens frontais e traseiras, capturando as placas. Enquanto isso, um scanner a laser identificará o dimensionamento em tempo real.

Será fará leitura de características como altura, largura, comprimento e velocidade, bem como a verificação do trajeto percorrido. Enquanto isso, as antenas de identificação e as câmeras de monitoramento complementarão as informações. Por fim, os administradores farão o envio para um sistema central que recebe os dados e calcula a tarifa de pedágio, de acordo com a distância percorrida.

O sistema já é utilizado em mais de 20 países, como Austrália, Canadá, Portugal, Israel e Noruega. Na América do Sul, o Chile foi pioneiro, implementando o free flow em 2004.

PROJETO PILOTO

De acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e a Concessionária Ecopistas, a cobrança aos usuários do sistema ainda não está ativa por se tratar de um projeto em fase de implementação. A Artesp e a concessionária são as responsáveis por desenvolver o projeto-piloto do primeiro pedágio free flow do Brasil.

A partir dos resultados dessa testagem, serão traçadas as próximas etapas de expansão do uso desses equipamentos em São Paulo. No caso da Ayrton Senna, enquanto o projeto-piloto está em funcionamento, o pagamento da tarifa para quem usa esse trecho da rodovia continuará sendo realizado na praça de pedágio, que está localizada no quilômetro 32.