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Frete mínimo faz empresas considerarem primarização do transporte

Publicado em 04/09/2018

Possibilidade de gerir operações com frota própria cresceu após os transtornos causados pela greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio deste ano

Frete mínimo faz empresas considerarem frota própria

O frete mínimo tem aberto espaço para discussões sobre a primarização das operações de transporte das empresas, já que após o fim da greve dos caminhoneiros, que paralisou inúmeros serviços em todo o país, deixou uma série de incertezas. Por exemplo, segundo uma pesquisa feita pela Esalq-Log/USP, o custo do transporte de commodities agropecuárias até os portos teve alta estimada entre 70% e 154%. O dado mais alto é referente ao pagamento do frete de retorno com o caminhão vazio, que fica sob a responsabilidade da empresa contratante.

Segundo o consultor e sócio da Diagma Supply Chain Consulting, Rodrigo Arozo, muitas empresas têm cogitado seriamente essa possbilidade. “Se por um lado é direta a identificação do impacto no custo operacional devido à adoção da tabela de frete mínimo, por outro é bem mais complexa a estimativa de como se dará essa operação”, diz ele.

Desafios da internalização do transporte

Arozo ressalta que o valor de aquisição dos veículos é apenas uma das questões a serem consideradas. Segundo ele, outros pontos que devem ser avaliados é a estratégia de aquisição, renovação e dimensionamento da frota, a aplicação da operação (se deve ser usada em todas as rotas ou não), a contratação ou terceirização de motoristas, a estrutura interna para gerir a operação e os impactos e riscos que essa transformação pode trazer.

O especialista também indica que, antes de pensar em internalizar o transporte, as empresas estudem a possibilidade de ganhos a partir do relacionamento com as transportadoras e a gestão da operação.