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Gestão de pessoas ainda é o principal desafio para o mercado

Publicado em 05/02/2016

Sob a ótica constante de mudança, seja tecnológica ou das novas gerações de profissionais, uma boa especialização baseada na vivência é a melhor saída, apontam os especialistas

Qual seria a aposta dos gestores para os desafios do mercado? Como os profissionais, novos ou de carreira consolidada estão posicionados no dia a dia da gestão de processos? O que o mercado busca? Para alguns especialistas, apesar de toda a inovação imaginável, gerir pessoas ainda é o principal desafio para as empresas, em um mundo em mudança permanente, não apenas tecnológica, mas de inserção de novos profissionais de gerações opostas. As novas ferramentas de gestão de processos conseguem ser absorvidas pelos gerentes, mas a aplicação requer profissionais capacitados. Um ponto considerado frágil é o atendimento, base de tudo, campo de linha de frente para uma empresa.

A professora de cursos de extensão e MBA de gestão de processos e gerenciamento de projetos, Cláudia Barbará, mestre em Engenharia de Produção pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e titular da Zada Consultoria, observa que a fase é de revolução no conhecimento, que deve contribuir para uma convergência cultural, por meio dos avanços tecnológicos e meios de comunicação em massa. “Esse movimento, por si só, está no epicentro das mudanças de paradigma, que estamos vivenciando e de maneira mais acelerada. O mundo digital trouxe uma nova identidade. É uma experiência cibernética e globalizada, que destoa de hábitos e padrões da velha geração. Porém, no ambiente corporativo, a convergência é uma necessidade. Não dá para reescrever tudo do zero e ignorar conhecimentos adquiridos. É ai que entra a velha geração. Como também não se sustentam mais empresas, que preferem acreditar na sua antiga fórmula do sucesso.”

Fernanda Pina, da área de Marketing do Departamento de Ensino e Extensão da PUC Rio, tem uma posição otimista a respeito dos novos desafios que a tecnologia e as novas gerações de profissionais trazem. “É possível lidar sob a ótica de mudança permanente do mercado. Lidar com pessoas é prepará-las para qualquer mudança, lembrando que uma mudança que aconteça, seja para pior ou melhor, faz parte do mercado. O importante é lembrar que qualquer mudança ruim pode ser revertida. Isso é inteligência emocional, é ter maturidade, vontade de arriscar e lidar com  novos desafios, para continuar produzindo e melhorando.”

Os gestores têm lidado com questões frequentes, como a possível tendência ao conflito entre as gerações de profissionais novos e já de carreira consolidada, assim como a convergência cultural, para agregar os negócios. Para a maioria, a aposta está em investir em uma boa formação, especialmente de pós-graduação.

“Não considero que as gerações novas estão limitadas. Claro que existe traços de cada geração e, por isso, é preciso alguma precaução. A chamada geração Y, por exemplo, tem a tendência de não se aprofundar muito nas coisas, mas já lidei com pessoas dessa geração que são muito focadas e interessadas. Aqui na PUC os cursos são pensados por profissionais com vasta experiência acadêmica e de mercado, para responder a essas necessidades. Propomos aproximar os alunos da prática e essa vivência é que confere maturidade aos novos profissionais. Isso é somar experiência entre as gerações”, completa Fernanda.

Cláudia, que também é autora do livro “O lado positivo de uma experiência difícil”, em projeto de publicação, que trata sobre as escolhas organizacionais, acrescenta, que “a gestão corporativa orientada a processos é uma abordagem que promove excelência operacional, mas a visão holística é fundamental. Para tanto, precisa de pessoas capazes de promover o  aprendizado organizacional, com atitude, liderança e capacidade de correr riscos.”