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Helisul Aviação aposta em mercado de drones de transporte de carga no Brasil

Publicado em 02/05/2022

Empresa paranaense especializada em serviços aéreos vê nas entregas pesadas para longas distâncias uma oportunidade de atender a uma demanda do mercado por meio da tecnologia que a Helisul domina

Por Christian Presa, com informações de Assessoria de Imprensa


Foto: Divulgação

A Helisul Aviação anunciou que apostará no uso de drones para o transporte cargas mais pesadas, focando no deslocamento de longas distâncias. A novidade da empresa paranaense será lançada durante o evento DroneShow 2022, que ocorrerá entre os dias 17 e 19 de maio em São Paulo (SP).

Com a popularização do uso de drones, as demandas por equipamentos mais pesados e voos a maiores distâncias é crescente. Nesse contexto, a empresa iniciou a divisão de aeronaves remotamente pilotadas com foco em atender esse nicho.

Segundo o head da Helisul Drones, Lucas Fontoura, o que difere a operadora de outros players é que a Helisul atua no nicho de equipamentos mais sofisticados, que demandam investimentos financeiros maiores e maior rigor operacional, para manter um maior nível de segurança em escalas maiores.

“Dentro do mundo dos drones, até uma determinada altura, distância e peso, a Anac não exige certificação do equipamento, bastam cadastros simplificados e a manutenção de parâmetros de voo bem conhecidos para operar de forma regular. Porém, qualquer demanda que exceda esses limites, como voar acima de 120 m de altura, mais longe que o alcance visual ou drones que pesem mais de 25 kg, precisa passar por um processo de certificação aeronáutica na agência, específico para drone.” – Lucas Fontoura, head da Helisul Drones.

De acordo com Fontoura, o foco nesse nicho é algo relativamente novo ára o Brasil. “Já existem Projetos Autorizados no país, mas praticamente todos eles estão em uso para aerolevantamento, que tem requisitos e finalidades completamente diferentes”, explica.

No caso da Helisul, a empresa diz que o objetivo é voar longas distâncias linearmente – um desafio técnico e operacional que hoje ainda é pouco atendido. “Será possível ampliar a oferta aos clientes e poder levar materiais de alto valor agregado a locais de difícil acesso que, com helicóptero, ou não conseguiríamos chegar ou seria muito caro”, diz o executivo.

DRONES EM ENTREGAS

O uso de drones nas operações é algo que faz brilhar os olhos dos gestores há alguns anos. Esse interesse é notado nos mais variados padrões de empresa, inclusive nas gigantes. Tanto é que, nos EUA, a Amazon implementou em 2021 um programa de implementação de drones nas operações de entrega. Porém, dez anos depois, o projeto ainda não apresentou o resultado que a empresa fundada por Jeff Bazos esperava.

Em um debate replicado em uma matéria do E-Commerce Brasil, especialistas pontuaram a quebra de expectativa do sucesso do uso de drones em entregas  como uma questão de viabilidade operacional e segurança. “No Colorado [EUA], você pode comprar uma licença para derrubá-los. Eles são arriscados em um bom dia com qualquer coisa mais pesada que uma pena. Eles eliminam empregos sem uma boa razão”, destacou Paula Rosenblum, cofundadora da RSR Research.

Já Steve Montgomery, presidente da B2B Solutions, declarou que a entrega por drone é ótima em conceito, mas um pesadelo na realidade. “Imagine o ar ao redor de sua cidade cheia de drones de diferentes empresas correndo para fazer entregas. Adicione pássaros, algumas pessoas voando drones para recreação e o que você tem é uma receita para problemas.”