Assinatura Premium Assinatura Premium

Em meio à alta do transporte aéreo na América Latina, IATA pede redução do preço do combustível

Publicado em 13/12/2023

Associação solicitou ao Governo Federal e à Petrobras que revejam o mecanismo de preços do querosene de aviação no Brasil; segundo a IATA, esse é um dos principais desafios enfrentados no país

Por Redação

Em meio à alta do transporte aéreo na América Latina, IATA pede redução do preço do combustível
A capacidade em outubro aumentou 8,3% em relação ao mesmo mês de 2022 (Foto: Shutterstock)

A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) revelou que o volume de cargas do transporte aéreo na América Latina teve aumento de 4,0% em outubro de 2023, comparado ao mesmo período do ano passado. Em relação a setembro deste ano, a alta foi de 2,3%. A capacidade em outubro aumentou 8,3% em relação ao mesmo mês de 2022.

Segundo a associação, diversos fatores no ambiente operacional merecem destaque, como a desaceleração das atividades econômicas, a diminuição da inflação nas principais economias e a estabilização do comércio global são elementos que influenciaram o desempenho do setor de carga aérea.

De acordo com o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, são três meses consecutivos de crescimento em relação ao ano passado. “A recuperação da demanda, os rendimentos ligeiramente mais fortes e o aumento do comércio são boas notícias. Mas com a demanda ainda 2,4% abaixo dos níveis pré-pandemia, e as incertezas sobre a trajetória da economia global, o otimismo deve ser acompanhado com cautela. No entanto, uma forte temporada no final do ano certamente ajudará o setor a gerenciar as mudanças que a economia global possa ter em 2024”, complementou.

REDUÇÃO NO PREÇO DO COMBUSTÍVEL DE AVIAÇÃO

Paralelamente, a IATA solicitou ao Governo Federal do Brasil e à estatal Petrobras que revejam o mecanismo de preços do querosene de aviação no Brasil, alegando que se trata de um dos principais desafios enfrentados pela indústria da aviação no país.

Segundo o vice-presidente regional da IATA para as Américas, Peter Cerda, a posição de monopólio da Petrobras e os custos administrativos adicionais cobrados resultam em preços de querosene de aviação artificialmente inflacionados. Além disso, uma pesada carga tributária sobre o querosene para voos domésticos, impacta ainda mais negativamente a competitividade do setor.

“Consequentemente, o querosene de aviação representa cerca de 40% dos custos totais para as empresas aéreas brasileiras, enquanto a média mundial está atualmente em torno de 30%, em um momento de preços excepcionalmente altos em todo o mundo", afirmou.