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Logística busca o seu lado mais sustentável

Publicado em 20/06/2012

Tendência de construções certificadas com selos de sustentabilidade marca novos investimentos em Jundiaí


Enquanto o surgimento de condomínios industriais com certificados  sustentáveis aumenta em Jundiaí, o risco de colapso dos transportes reforçará a defesa do modal ferroviário.
 
No caso das construções adequadas às novas exigências ambientais o caminho é novo e tem seus riscos. “São várias etapas a serem cumpridas, mas vale a pena por reduzir muito as agressões ao meio ambiente”, afirma o empresário Emanuelle Bosco, da Qualifer, que começa a segunda fase de seus 26 mil m² em três pavimentos na Vila Hortolândia no processo de certificação do Processo Acqua, da Fundação Vanzolini. 
 
A economia relativa de aspectos como água, energia ou geração de resíduos também é parte do projeto que vai ter até 10 mil m² de escritórios e 18 mil m² de galpão no EB Business Park, no Distrito Industrial, projetado por Aflalo e Gasperini para a Espaço Negócios. Parte dos 55 mil m²  será conservada. 
 
O GBC Brasil (Conselho de Construções Verdes), responsável no país pelo selo internacional Leed, também analisa outros casos na cidade como o GR Jundiaí, da GR Properties. 
 
O Ciesp Jundiaí (Centro das Indústrias do Estado) reforça o risco de colapso do modal rodoviário e a necessidade de articulação entre sociedade, iniciativa privada e governos para a ampliação do uso da ferrovia. 
 
“Estamos dentro de uma região de 173 municípios que somaram R$ 900 bilhões de PIB (geração de riquezas) em 2009, um terço do total do Brasil. Já existe no Estado o projeto de centros de logística integrada, coordenando o fluxo dos modais rodoviário e ferroviário. Mas é preciso pressão da sociedade e articulação dos governos municipais, estadual e federal”, diz Gilson Pichiori, diretor do Ciesp Jundiaí.
 
Ele diz que as preocupações sustentáveis das empresas serão perdidas sem um novo planejamento logístico entre os diversos níveis de governo. Como exemplo, lembra que as restrições ao trânsito de caminhões que crescem nessa região “macrometropolitana”, como na Grande São Paulo, podem causar a mudança de indústrias e até mesmo o desemprego. 
 
No lado da mobilidade urbana, ele também aposta no trem - o  expresso regional entre Jundiaí e São Paulo e a extensão da linha da CPTM até Campinas.