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LOGZ planeja investir R$ 1,8 bilhão em logística, em 2016

Publicado em 11/11/2015

A LOGZ Logística Brasil S.A. planeja investir, em 2016, R$ 1,8 bilhão, em conjunto com os seus parceiros, no desenvolvimento de novos empreendimentos logísticos e na ampliação das operações já existentes. O plano estratégico da empresa prevê o fortalecimento de suas atividades em Santa Catarina e a expansão do portfólio para outras regiões, sobretudo Sudeste e Norte, sejam terminais portuários ou operações logísticas de interior, algumas com ênfase na navegação fluvial. 

De acordo com o diretor de Investimentos e Operações da LOGZ, Roberto Lopes, embora haja, ainda, um clima de expectativas, com relação ao ambiente político no País, o que impõe mais critério e rigor na escolha e aprovação dos empreendimentos, não houve qualquer paralisação ou retrocesso referente aos projetos. “De forma geral, até o momento, não vemos uma crise que gere um entrave ao desenvolvimento de nossos planos.”

Os principais projetos que constam do planejamento estratégico da LOGZ, para 2016, são o desenvolvimento de um sistema integrado de logística para o escoamento de grãos no Arco Norte (Região Norte); o desenvolvimento do TERLIP, terminal dedicado à movimentação de grãos em Paranaguá, no Paraná; a implementação do Terminal de Grãos de Santa Catarina (TGSC); a extensão do prazo de arrendamento do Terminal de Contêineres de Santa Catarina (TESC), ambos em São Francisco do Sul, bem como a expansão do Terminal de Contêineres do Porto Itapoá, também no Norte catarinense.

Lopes entende, contudo, que, no setor de logística portuária, alguns pontos seguem merecendo atenção especial por parte do Poder Público, no sentido de agilizar processos e destravar novos investimentos. “Creio que, embora já houve avanços, ainda precisamos de mais celeridade nos processos de licitação dos arrendamentos, nas autorizações para os Terminais de Uso Privado (TUPs), nos licenciamentos ambientais, na definição das novas poligonais nos portos organizados e nas obras de dragagem", ressalta o diretor da LOGZ, que destaca que a questão relativa às poligonais é de extrema importância para o setor e para a LOGZ, lembrando que portos importantes, como Paranaguá, demandam uma definição técnica e urgente, que permita o desenvolvimento de investimentos naquela região.

No que se refere à renovação dos contratos de arrendamento, Lopes avalia que a aprovação da renovação do TESC, em São Francisco do Sul, é de extrema relevância, sobretudo, tendo em vista os planos de modernização da LOGZ para aquele terminal. Porém, nessa questão, considera que também já houve avanços. Segundo ele, o entrave regulatório maior, hoje, diz respeito aos processos de licitação de novas áreas. “Nesse ponto, de fato, ainda temos um problema. Em função do tempo demasiado para o destravamento dessa questão, no Tribunal de Contas da União (TCU), os projetos terão de ser revisados, o que demanda tempo, aumentando a expectativa do setor.  O início efetivo da nova rodada de licitações de arrendamentos de áreas nos Portos Públicos é esperada com muito interesse.”

Sobre os planos de investimento da empresa para 2016, a respeito das perspectivas ruins desenhadas pelos analistas, Lopes explica que o setor de infraestrutura portuária sofre menos impacto de eventuais crises econômicas e de confiança, devido, sobretudo, ao descompasso, que vem de muitas décadas, entre demanda e capacidade instalada. “Esse descompasso impôs ao setor momentos de saturação. Porém, a necessidade de investimentos para ampliar a capacidade de oferta, sobretudo tendo em vista o contínuo crescimento da produção agrícola, justifica os planejamentos voltados à expansão dos investimentos. Eu diria que mesmo o setor de contêineres, que momentaneamente teve redução do crescimento, devido à retração do consumo, voltará a crescer no médio prazo”, prevê Lopes.