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Maersk Line comemora aniversário de 100 anos no Brasil

Publicado em 22/02/2013

Relacionamento da empresa com o Brasil teve início em 1913, com a atracagem do navio “Laura Maersk” em Paranaguá


Foi exatamente há 100 anos que a Maersk Line – a maior empresa do mundo de transporte no setor privado – iniciou o comércio com o Brasil pela primeira vez. O navio a vapor denominado Laura Maersk chegou na costa brasileira no dia 19 de fevereiro de 1913, atracando primeiramente em Paranaguá – quase sete semanas depois que o navio foi lançado em 1 de janeiro de 1913.

O Laura Maersk transportava 2,800 toneladas de carga com apenas quarto escotilhas, o motor tinha três cilindros, 1,400 HP e uma velocidade de até oito nós. Em termos de tamanho, o navio tinha apenas 14 metros de largura, 97,7 metros comprimento e 6,15 metros de profundidade. Com uma tripulação de 25, que incluía quarto engenheiros, o Laura Maersk foi construído para o comércio com o Brasil e era conhecido pelo transporte de cargas a granel, como madeira, grãos e carvão naquela época.

E 81 anos depois, o navio contêiner da Maersk Line chegou pela primeira vez no porto de Santos, em 1994, representando o começo de uma nova era para a Maersk Line no Brasil. Em 2000, por exemplo, a indústria de carne bovina usava apenas navios de carga refrigerados, hoje ela migrou completamente para cargas de contêiner refrigerado, transportando mercadorias no mundo todo. Esta mesma tendência começa agora com a indústria de grãos, fertilizantes, minerais e metais.

A chegada do Laura Maersk e do Maersk Santos evidencia algumas das principais mudanças na história comercial do Brasil com a evolução global. A última tendência de produtores de metais e fertilizantes, assim como de empresas de carnes bovina, mais de dez anos atrás, está se voltando para contêineres como uma forma de atingir novos mercado pela primeira vez.

“A importância do Brasil para a Maersk Line mudou significativamente desde 1913, passando de 2,800 toneladas em navios de carga a granel para uma frota de 88,237 toneladas nos navios de cargas de contêineres, o SAMMAX, e tem desempenhado um papel fundamental para ajudar a indústria de alimentos se estabelecer como um grande player mundial,” disse Peter Gyde, CEO da Maersk Line no Brasil. “Mas esse é só o começo, estamos ajudando agora nossos clientes que transportam commodities, desde grãos até metais, por meio da entrega do contêiner porta a porta, proporcionando aos produtores brasileiros acesso a novos mercados, abrindo rotas comerciais em toda nossa rede global de serviços,” comentou ele.

A conteinerização de commodities representa um nicho de mercado para a Maersk Line que está abrindo novas rotas comerciais para os produtores brasileiros em países como Cazaquistão, por exemplo, gerando eficiência na cadeira de suprimentos, melhorando as finanças dos clientes, dado o aumento do fluxo de caixa e potencialmente compensado pela expansão futura dos preços das commodities, diante do crescimento da concorrência.

O potencial de crescimento do mercado é enorme, envolvendo milhões de toneladas em novos negócios para empresas de transporte de contêineres no Brasil, com pequenos produtores de commodities representando até 20% do mercado brasileiro de metais, por exemplo.

“Pequenos produtores de commodities foram obrigados por anos a transportar suas mercadorias em navios fretados ou de propriedade dos maiores produtores mundiais de commodities,” afirmou Peter Gyde. “Isso limitou completamente suas habilidades de explorar e abrir novos mercado, porque os bens foram apenas para os principais portos, como de

Roterdã, com contêineres, no entanto, eles podem levar seus produtos de porta a porta criando novos estilos comerciais para o Brasil e estimulando o crescimento do comércio no longo prazo”, disse.

Em fevereiro e março de 2013, a Maersk Line lançará seu 15º e 16 º SAMMAX – acrônimo para “South America Maximum”, completando a entrega de 16 novos navios, com custo de US$2,2 bilhões. Os navios restantes que serão lançados são o Maersk Lamini e o Maersk Labrea. Os navios foram projetados especificamente para serem os maiores navios que podem entrar com segurança nos portos brasileiros.

Os navios sem engrenagem transportam em grande parte carnes, aves e frutas. O primeiro SAMMAX que chegou no Brasil foi o Maersk Lima, em junho de 2011. O SAMMAX tem um calado de 13,5 metros e 299,9 metros de comprimento. Os navios transportam 7,450 TEUs, tem 1,700 “reefer plugs”, e viaja em uma velocidade de 22,5 nós – três vezes mais rápido do que o Laura Maersk, e tem 51,909 BHP, ou 38,889kW. O navio conta com uma equipe de 28 pessoas, contra 25 no Laura Maersk.

Hoje, contêineres com peso de até 30 toneladas cada um, podem ser rapidamente embarcados de três a quatro minutos e são entregues porta a porta em embalagens menores, mas ainda em grandes volumes, abrindo um novo mundo, com um comércio mais rápido e com acesso para nossos clientes através de 140 países.