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Martins fecha o semestre com 60% de aumento nas vendas

Publicado em 18/08/2016

Resultado é em decorrência do crescimento das exportações e da venda de serviços integrados de logística

Mesmo em meio à retração do mercado interno, o Grupo Martins conseguiu aumentar em até 60% as suas vendas em serviços de logística internacional, no primeiro semestre do ano. Esse resultado se deve ao incremento dos processos de exportação, somado à oferta de projetos integrados de logística, em que estão inclusos todos os serviços da cadeia de comércio exterior, do desembaraço aduaneiro e Siscoserv, passando por transporte, agenciamento de carga, armazenagem e até consultoria tributária.

“Sentimos muito o impacto da redução do mercado interno, no início do ano. Não perdemos clientes, mas o volume de serviços diminuiu bastante em todas as áreas em que atuamos, exceto nas exportações”, comenta o presidente do Grupo Martins, Lourival Martins.

A saída foi repensar a venda dos serviços, levando valor agregado e redução de custo ao cliente. “Com a crise, as empresas são mais criteriosas, dão muito mais atenção a custos e benefícios, querem estar mais focadas no seu negócio. A logística dá muito trabalho. Nesse contexto, investir em um projeto integrado de logística é mais vantajoso do que adquirir serviços em separado”, explica Martins.

A mudança de estratégia teve boa receptividade do mercado e a Martins conquistou novos clientes. O grupo fechou contratos com empresas, como Hengtong Cables, Ásia Shipping, Mitsuo Soko Group-MSE, Sogitz, C&C, Lacoste, Marfrig, Makita Ferramentas, Alicante, Ouro Fino, entre outras. “Nosso diferencial tem sido mostrar ao importador e ao exportador que podemos cuidar de toda a logística dele, door to door, incluindo a armazenagem e a distribuição. Com redução de custos e eficiência”, garante Martins.

Exportações
O bom desempenho das exportações brasileiras, no primeiro semestre deste ano, refletiu positivamente no resultado do Grupo Martins, no período. Os processos de vendas internacionais cresceram cerca de 50%, em seis meses. “O dólar alto continua a ser o grande motivador das exportações. Existe um grande número de empresas que está vendendo pela primeira vez no mercado internacional, muitas delas pequenas e médias”, comenta Martins.

Para ele essa tendência não se sustenta apenas no câmbio favorável.  “A questão agora é buscar qualidade e preço, para quando o dólar cair, e essas empresas continuarem exportando. A competitividade não pode estar apenas na vantagem cambial.”

Importações
O primeiro semestre foi cruel para os importadores. A Martins sentiu esse revés na sua carteira de clientes, com uma redução de, aproximadamente, 40% nos processos de importação feitos no período. “É uma bola de neve. Desemprego e queda de vendas no comércio, a indústria diminui a produção e cancela as importações, principalmente de máquinas e equipamentos. Com o dólar em alta, a importação também deixa de ser um atrativo”, afirma Martins.

O presidente do Grupo Martins acredita, contudo, que a tendência no segundo semestre é o mercado voltar a importar, na medida em que o dólar começar a cair e o empresariado nacional recuperar a confiança e retomar os investimentos. “Temos clientes que estão preparados para reiniciar as importações em escala maior, se o dólar cair para R$ 3,00. Vamos torcer para que isso se torne realidade, porque será um sinal concreto de que a economia entrou em processo de recuperação.”

Agênciamento de carga
Mesmo com os preços de fretes marítimos em alta, a Martins conseguiu obter, no período, um bom desempenho nesse segmento.  “Os armadores querem recuperar os baixos preços do início do ano, mas como trabalhamos com grandes volumes de cargas, conseguimos boas negociações, o que dá competitividade e redução de custos para os nossos clientes”, explica Martins, acrescentando que, mesmo com o mercado em baixa, o Grupo ainda mantém um volume considerável de movimentação de carga. O agenciamento de carga é uma área em que a empresa atua diretamente, desde o final do ano passado, antes era um serviço terceirizado e já representa 25% do faturamento global.

Armazenagem
O volume de carga movimentado pelo Grupo Martins permitiu outra diferenciação, nessa época de crise. Com os armazéns alfandegados praticamente vazios pela queda das importações, a Martins se adiantou e firmou parcerias, que permitem aos importadores e exportadores armazenarem nessas áreas, com redução de custo considerável. “Fizemos isso principalmente no Porto de Santos, por onde passa a maior parte dos produtos importados e exportados do País. Essa negociação nos coloca na dianteira, quando o mercado voltar a aquecer, e teremos as melhores condições de armazenagem”, prevê Martins.

Dentro do projeto integrado de logística, está o armazém geral do Grupo, localizado na cidade de Poá, São Paulo. “O importador não precisa pagar Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), no envio da carga para o armazém geral. Nós ainda disponibilizamos uma área de manuseio e, de lá, o cliente pode vender a sua mercadoria. A Martins cuida de toda a logística internacional e da distribuição”, afirma o presidente do Grupo.

Distribuição e transporte
Uma frota de quase 100 veículos próprios é muito bem utilizada na estratégia de driblar a crise, oferecendo ao mercado um serviço de logística diferenciado, eficiente e de baixo custo para o cliente. “Temos gerenciamento de toda a cadeia logística, em nossas mãos, o que nos permite equalizar os preços, obter boas negociações de custo e realizar um serviço just in time para o cliente”, avalia Martins.

Ele destaca que a frota própria permite uma gestão mais eficiente e ágil da logística door to door. “Começamos a mostrar esse diferencial para o mercado e o resultado tem sido positivo, com o crescimento da venda dos nossos serviços.”

Confiante na recuperação do mercado até o final do ano, Martins já vislumbra um resultado não tão ruim para o Grupo, neste ano. “Eu achava que seria muito difícil manter o mesmo faturamento do ano passado. Porém, se essa tendência de aumento nas vendas se mantiver, posso arriscar um crescimento de 10% no nosso resultado, o que seria uma enorme façanha, diante de um ano tão difícil para os negócios e para o comércio exterior.”