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Mercado Livre anuncia investimentos para ampliar malha logística

Publicado em 11/08/2021

Companhia ressaltou o propósito de fortalecer a cultura da entrega rápida por meio do plano de expansão para centros de fulfillment, cross docking e last mile


Centro de fulfillment do Mercado Livre em Cajamar (Foto: Divulgação)

O Mercado Livre anunciou nesta quarta-feira (11) uma série de investimentos para ampliação da malha logística. Impulsionados pela inauguração dos centros de distribuição fulfillment em Cajamar (SP) e Extrema (MG), a projeção é que, até o fim do ano, a companhia disponha de oito centros de fulfillment, 18 centros de cross docking e mais de 100 pontos de last mile. Essa expansão está incorporada ao investimento geral de R$ 10 bilhões que o Mercado Livre projetou para 2021.

Em Cajamar, foram construídos 110 mil m² de espaço, que já estão em atividade, e o investimento contempla, ainda, a entrega de mais 60 mil m². Com isso, o centro de distribuição terá capacidade de 13 milhões de produtos e gerará aproximadamente 4 mil vagas de emprego. Já no centro de distribuição em Extrema (MG), o Mercado Livre dispõe de um espaço de 68 mil m², com capacidade para 3,5 milhões de produtos e mais de 2 mil vagas de emprego.

Ainda neste ano, a companhia irá implantar um centro de distribuição em Franco da Rocha (SP). O Mercado Livre também anunciou a chegada à região metropolitana de Belo Horizonte em 2022, com espaço de 80 mil m² e mais de 2 mil novas vagas de emprego.

Além disso, a empresa internalizou a operação de dois centros de distribuição em Louveira e Cajamar (SP). Agora, eles passam a ser operados 100% pelo Mercado Livre. “Nossa expertise no setor e o amadurecimento adquirido ao longo dos últimos cinco anos na área logística são algumas das alavancas propulsoras dessas internalizações”, explica Leandro Bassoi, VP de logística do Mercado Livre para a América Latina.

Segundo ele, todo o investimento é para consolidar a experiência do cliente com a entrega rápida da companhia. “É para que nós possamos dar sequência ao nosso crescimento. Queremos continuar ampliando a qualidade e a eficiência da nossa entrega”, pontua.

O diretor de Operações do Mercado Livre no Brasil, Luiz Vergueiro, reforça o intuito de expandir a malha logística para otimizar a experiência do consumidor.

“No final das contas, são duas bases de sustentação para uma estrutura física tradicional: a tecnologia, que desenvolvemos internamente para ter controle e otimização, e pessoas, que fazem os pacotes chegarem. São 10 mil pessoas trabalhando e a meta é que sejam 16 mil até o fim do ano.” – Luiz Vergueiro, diretor de Operações do Mercado Livre no Brasil.

FULFILLMENT

De acordo com os resultados divulgados pelo Mercado Livre, 91% das entregas no último trimestre deste ano foram realizadas pela malha logística da companhia. Desse percentual, 30% ocorreu por meio do fulfillment.

Atualmente, mais de 10 mil empresas possuem itens armazenados nos centros de distribuição fulfillment do Mercado Livre. Ao todo, aproximadamente 12 milhões de vendedores estão cadastrados no marketplace da empresa.

Segundo Leandro Bassoi, a abertura de novos centros de distribuição democratiza a logística no país – especialmente para os pequenos empreendedores e vendedores individuais.

“Fala-se muito sobre a democratização do comércio, mas, para isso, é preciso democratizar a logística. Por meio desses centros de distribuição, pequenos empreendedores e vendedores individuais têm acesso a um nível de sofisticação que não seria possível sem o marketplace do Mercado Livre.” – Leandro Bassoi, VP de logística do Mercado Livre para a América Latina.

Luiz Vergueiro, diretor de Operações da companhia no Brasil, destacou a construção de um ecossistema em que grandes empresas, vendedores individuais e pequenos empreendedores podem utilizar o marketplace para impulsionar os negócios. “Nesse sentido, a logística é, sem dúvida, um fator de decisão da compra.”

PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS

Durante coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (11), representantes do Mercado Livre também negaram a expectativa de incorporar os Correios à operação da companhia.

“Como uma empresa que possui 55% da receita no Brasil, nos sentimos responsáveis por participar dessa discussão, mas não faz sentido participar da privatização”, declarou Leandro Bassoi. “Nosso interesse é encontrar ativos logísticos, bem como ter pessoas e tecnologias executadas ‘dentro de casa’.”