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Modalidade de crédito da Fretebras distribuiu R$ 140 milhões para transportadoras

Publicado em 06/05/2022

Atividade das transportadoras na plataforma permitiu à empresa oferecer um formato de empréstimo menos burocrático; transportadoras do estado de São Paulo concentraram a maioria das solicitações

Por Redação


Foto: Divulgação

Menos de um ano depois de ter lançado uma operação de crédito, a Fretebras alcançou a marca de R$ 140 milhões em financiamentos para transportadoras. A solução de capital de giro da logtech tem como missão ajudar os clientes a fortalecerem os negócios na recuperação pós-pandêmica no setor de transporte rodoviário de cargas.

De acordo com o diretor Financeiro da Fretebras, Thiago Chueiri, as transportadoras estão apostando na busca por motoristas por meio de soluções digitais como uma forma de seguir atendendo clientes em todas as localidades.

“O desafio é que as embarcadoras, que são as donas das cargas, passaram a pagar as transportadoras com prazos cada vez mais extensos, enquanto os custos da operação logística, como diesel, contratação de motoristas autônomos e manutenção da frota, são praticamente imediatos. Este cenário causou um impacto profundo no caixa das empresas, que deixaram de aceitar novos clientes por não serem capazes de honrar com seus compromissos.” – Thiago Chueiri, diretor Financeiro da Fretebras.

Segundo ele, a proposta da Fretebras é se apoiar no histórico de transações das transportadoras em sua plataforma para conseguir um cálculo melhor dos riscos e poder oferecer crédito em uma modalidade diferente, vinculada apenas ao CTe (Conhecimento de Transporte Eletrônico). “De dezembro para janeiro, o volume de crédito ofertado aumentou em 50%, e de janeiro para fevereiro registramos uma alta de 30%.”, explica.

Para utilizar a solução, a Fretebras leva em consideração fatores como volume de fretes publicados na plataforma, o histórico de relacionamento, se existem reclamações contra a transportadora, entre outras questões. Caso a solicitação seja aprovada, a plataforma informa a taxa e o limite de crédito ao contratante, que recebe o valor antecipado em até 24 horas na conta digital da Fretebras.

CENÁRIO DE CRÉDITO A TRANSPORTADORAS NO BRASIL

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) revelou, em um estudo do ano passado, que 43,4% das transportadoras solicitaram créditos no ano passado. Destas, 46,4% tiveram sua solicitação negada, demonstrando que os modelos tradicionais de antecipação de recebíveis condenavam as empresas.

O estudo ainda destacou que quase 56% das que tiveram respostas negativas usariam os recursos como capital de giro; pouco mais de um terço solicitaram empréstimo em virtude de capacidade comprometida de pagamento, enquanto quase um quinto afirmou possuir restrições de crédito.

A região Sudeste tem absorvido a maior parte dos créditos da Fretebras, com São Paulo na liderança do ranking dos Estados que mais demandam capital de giro (21%). Na sequência aparece a região Sul, representada pelo Paraná, que obteve 20% do volume de crédito. Completando o top 5, a região Centro Oeste aparece com Mato Grosso do Sul (14%), Mato Grosso (12%) e Goiás (11%), respectivamente. Já no Nordeste, o Estado mais relevante foi a Bahia, representando 3% das empresas que solicitaram capital de giro.

“Sem dúvida a liderança de São Paulo é um termômetro do Estado com maior ritmo de crescimento na recuperação pós-pandêmica do país, o que reflete na busca das empresas por soluções financeiras mais acessíveis para continuar se recuperando”, observa Chueiri.

CONSTRUÇÃO: O SETOR MAIS INTERESSADO EM CRÉDITO DIGITAL

Analisando por setores, as transportadoras que atendem o ramo de construção foram as que mais demandaram capital de giro, com 32% do valor total financiado. Estas transportadoras buscaram novas alternativas de crédito, principalmente por conta do custo de mão de obra e das despesas com materiais e equipamentos. Outra categoria de destaque foi a dos transportes do Agronegócio, com 28%.

"Apesar do aumento da taxa de juros, usar soluções digitais como a da Fretebras permite que as transportadoras tenham acesso a uma modalidade de crédito que difere das linhas tradicionais. Isso possibilita que as empresas continuem crescendo", explica o diretor Financeiro.