Movimat visa alavancar o desenvolvimento de negócios

O lançamento oficial da Movimat – Salão Internacional da Logística Integrada 2015 ocorreu no dia 11 de junho, durante a solenidade em comemoração ao Dia da Logística (6 de junho), organizada em parceria com a Associação Brasileira de Logística (Abralog), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Anunciado durante a solenidade, o evento, que será entre 15 e 17 de setembro, no Pavilhão Branco, do Expo Center Norte, em São Paulo, contará com a presença do ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, durante a cerimônia de abertura.

O presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Juan Pablo De Vera, ressaltou que a Movimat, com seu novo formato, virá, este ano, para alavancar, ainda mais, o desenvolvimento de negócios do setor. “Queremos, também, apresentar novas soluções e, principalmente, compartilhar conteúdo, conhecimento e promover mais relacionamentos entre todos os profissionais do setor. Temos uma parceria sólida com a Abralog e demais entidades, para realizar, a cada ano, um evento com qualidade e seriedade.”

Com o desenvolvimento do setor logístico impulsionado pelo agronegócio e os investimentos na região Centro-Oeste, o presidente anunciou que a Reed Exhibitions Alcantara Machado está com um projeto ambicioso de levar a Movimat para essa região do Brasil. “Continuaremos a trabalhar juntamente com a Abralog para chegarmos ao Centro-Oeste. Estamos com plano bem ambicioso, que é para o próximo ano, de levarmos a Movimat a essa região, assim como já temos a Fenatran, em Goiânia. Acredito que será mais uma oportunidade de oferecer aos empresários do setor a possibilidade de conhecer novidades e lançamentos para esse importante setor, que tanto está crescendo nessa região do Brasil”, apostou De Vera.

Convidado pela Abralog, para analisar o momento político e econômico do Brasil, durante a solenidade, o presidente emérito da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, que esteve à frente da instituição por dois mandatos, não somente criticou o cenário do País, mas o desânimo que acometeu empresas e empresários do setor. “Sem logística não se faz nada. O entusiasmo dos profissionais de logística faz falta, atualmente, ao Brasil. A crise passa, os governos passam, mas a nação continua forte. Não desanimem, invistam, façam o que puderem. Temos de pensar nos nossos filhos e nos nossos netos, para que tenham dias melhores, uma nação sadia, verdadeiramente educadora.”

Ao comentar o desembarque das tropas aliadas na Normandia, ação que pôs fim a II Guerra Mundial e inspirou a Abralog a tomar a data como o Dia da Logística, o presidente emérito conclamou a uma participação mais ativa dos empresários. “Quando vejo um desembarque, penso que o que falta no Brasil é uma participação mais forte dos empresários. A Fiesp é uma força, desembarquem aqui.”

Com a ocasião do anúncio da nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), pela presidente Dilma Rousseff, dia 9 de junho, que prevê a continuidade ao processo de modernização da infraestrutura de transportes do País e, também, deve atuar na retomada do crescimento da economia, o presidente da Abralog, Predro Francisco Moreira, aproveitou para avaliar o momento. A entidade, segundo ele, encara com prudência o pacote de concessões recém-lançado, no qual estão previstos R$ 198,4 bilhões em investimentos, sendo R$ 69,2 bilhões entre 2015-2018 e R$129,2 a partir de 2019. Os investimentos estão divididos entre rodovias (R$ 66,1 bilhões), ferrovias (R$ 86,4 bilhões), portos (R$ 37,4 bilhões) e aeroportos (R$ 8,5 bilhões).

“Encaramos o anúncio de investimentos com esperança e cautela, pois temos visto, nos últimos anos, uma sequência de ações e planos que não foram executados. Nesse momento, o que precisamos é de governança e gestão”, afirmou Moreira.

A Abralog espera que a execução seja a palavra de ordem, pois, segundo a entidade, o Brasil tem se caracterizado, ao longo de décadas, por uma sequência de programas e planos, com baixo índice de execução dos projetos. “Obras de infraestrutura, como as anunciadas, são o melhor caminho para voltar a mover o País. O pacote é amplo e com valor interessante, mas ainda faltam respostas para várias dúvidas. É preciso frieza para entender que o efeito não é imediato, mas sim a partir de 2016. Assim como das outras vezes, há vários pontos que precisam ser aprofundados e esclarecidos pelo Governo, junto ao mercado e à iniciativa privada”, ressaltou Moreira.

De acordo com ele, também faltou a menção sobre a integração dos modais, uma vez que não se falou em multimodalidade. “Sentimos falta de um Plano Integrado. Sem a sincronia entre os modos de transporte, continuaremos sendo ineficientes. Não conseguiremos transformar o Custo Brasil em Lucro Brasil, como todos desejamos.”