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Porque a colaboração entre os stakeholders é necessária em logística urbana?

Publicado em 31/07/2019

Termo bastante usado, as vezes erroneamente, stakeholder é uma forma de nomear todos aqueles – grupos, entidades, setores – direta ou indiretamente impactados por determinado processo ou atividade. Em gestão de cadeias de suprimentos, é grande a interação entre diferentes participantes, como fornecedores, clientes, prestadores de serviços, órgãos reguladores etc.

O contexto no qual efetivamente se dá a logística urbana é, por definição, multi-stakeholder. Do ponto de vista de operações logísticas, temos embarcador, transportador e recebedor; sob o aspecto de normas e legislação, temos os órgãos reguladores, as restrições impostas de circulação e suas respectivas multas e penalizações, os usos definidos do espaço (estacionamento, passagem, carga/descarga etc); há aqueles que, de certa forma, ‘competem’ pelo mesmo espaço urbano, como transporte público, pedestres e transporte privado de passageiros; finalmente, há o entorno, mais indiretamente impactado, porém com grande poder de comunicação e ação, com cidadãos, entidades não governamentais (ONGs), associações etc.

Quando há necessidade de tornar mais eficiente a logística urbana, é mandatório ampliar o escopo de análise para além da cadeia de distribuição. A aproximação com órgãos legisladores é necessária para desenvolver normas justas e que tragam segurança e qualidade de vida a todos, gerenciando interesses distintos com um objetivo maior comum: tornar as cidades melhores. A cooperação entre empresas que atuam diretamente com a operação logística, chamada de COOPETIÇÃO (= cooperação + competição), também é importante para garantir melhores práticas em termos não só operacionais, mas também de sustentabilidade e de segurança para os cidadãos. É ainda mandatório o claro e amplo entendimento dos clientes e consumidores, a fim de garantir a solução adequada para cada necessidade, a qual muda de região para região, de segmento para segmento.

“É preciso tornar a logística urbana sustentável, por meio do envolvimento dos atores relevantes e considerando as respectivas demandas a um nível comum de cooperação, este é o desafio. Devemos ter em mente que as cidades têm que criar as condições estruturais para alternativas tecnológicas, processos e serviços de distribuição, através da gestão sensata da terra, abrangendo toda a área urbana e estabelecendo medidas de acompanhamento juntamente com os atores envolvidos, incluindo os residentes locais.” diz José Geraldo Vieira, painelista do evento “(Des)Construindo a Logística Urbana.

O evento “(Des)Construindo a Logística Urbana”, organizado pelo Centro de Excelência em Logística e Supply Chain (FGVcelog), da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), terá a colaboração em seus temas de debate, unindo pontos de vistas distintos e complementares. Com toda a agenda já confirmada, o objetivo é fomentar a discussão entre os diferentes atores da logística urbana: embarcadores, universidades, especialistas, consultorias, órgãos públicos, prestadores de serviços logísticos etc. Serão 2 palestras para discutir logística (abertura) e inovação tecnológica (fechamento), com 3 painéis de debate para ampliarmos a visão sobre temas sensíveis à logística urbana: infra-estrutura, transformação digital e colaboração.

 

(Des)Construindo a Logística Urbana

Data: Quinta-feira, 22/ago/2019, de 8h30 às 17h

Local: Auditório FGV EAESP (Av. 9 de Julho, 2.029 – São Paulo)

Valores: Público – R$ 350,00; Assinantes Revista Mundo Logística – R$ 300,00; Parceiros e Alunos FGV – R$ 264,00.

Mais informações: https://fgvcelog.fgv.br/eventos/des-construindo-logistica-urbana-transformando-logistica-vida-cidades