Multilog Multilog

Posidonia investe US$ 100 milhões e incorpora duas embarcações à sua frota

Publicado em 03/08/2015

Para combater a crise e ampliar a participação no mercado, companhia nacional de navegação anuncia investimentos e oferta de navios

Para combater a crise, a companhia nacional de navegação Posidonia decidiu adotar uma estratégia pouco convencional, em períodos de recessão econômica: investirá cerca de US$ 100 milhões, nos próximos cinco anos. A empresa, especializada no transporte de cargas pela costa brasileira (cabotagem) e longo curso, pretende utilizar esses recursos basicamente para a construção, aquisição e afretamento de novas embarcações. Com a ampliação da frota, a Posidonia terá condições de melhorar a sua competitividade, oferecer serviços com menores custos e dobrar a sua participação no mercado até 2020.

“É um plano ousado e ambicioso, ainda mais com o cenário adverso que enfrentamos. Temos de investir para combater a crise. É a melhor alternativa para ampliarmos a nossa presença e a oferta de nossos serviços. Com mais embarcações disponíveis, temos a oportunidade de disputar mais negócios com os nossos concorrentes”, explica o sócio da Posidonia, Abrahão Salomão.

Parte desses recursos já está sendo utilizada para a incorporação de duas novas embarcações à frota da empresa. O primeiro é o barco de apoio e produção de óleo e gás, do tipo AHTS 7000, de bandeira brasileira. Adquirido recentemente pela Posidonia por cerca de US$ 3 milhões, a embarcação passou por uma ampla reforma. Toda a sua estrutura foi modernizada e reforçada para atender a todos os requisitos necessários de segurança e eficiência operacional. A expectativa é de que o barco esteja em operação dentro de 60 dias.

“É mais um investimento importante que fazemos em curto prazo para ampliarmos a nossa presença no mercado nacional e, especialmente, no segmento de óleo e gás. Essa aquisição gerará uma enorme economia em afretamento e um potencial de desenvolver novos negócios. É um navio bastante eficiente e capaz de operar por, pelo menos, mais 10 anos. Com essa aquisição, seremos mais eficientes nesse tipo de operação”, detalha  Salomão.

A outra embarcação que chega para compor a frota é a P. Fenix. Afretado pela companhia, o navio de carga geral tem capacidade para transportar 2,7 mil toneladas e será utilizado para a remessa de cargas secas unitizadas e especializadas de projetos de infraestrutura.

Em outra frente mais ousada, a Posidonia também planeja construir mais três navios com capacidade de até 15 mil toneladas, a partir do próximo ano. Cada embarcação consumirá cerca de US$ 27 milhões de investimento, com parte bancada pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM).

Recentemente, a companhia também anunciou a construção do multipropósito Posidonia Bravo, com aporte de US$ 17 milhões. O navio, que está em produção no Rio Grande do Sul, tem capacidade para transportar 2,7 mil toneladas e atender à demanda de cargas especializadas para os projetos de infraestrutura. Deve entrar em operação no segundo trimestre de 2016.

Com a ampliação da frota, a Posidonia projeta encerrar o ano com o faturamento de R$ 70 milhões. “Estamos otimistas. Essas duas embarcações trarão um novo fôlego ao nosso negócio. Estimamos triplicar o nosso faturamento até 2020, com essas e outras ações”, revela Salomão.

Somente no primeiro semestre deste ano, o volume de carga transportada pela Posidonia chegou a cerca de 230 mil toneladas. Com a chegada das novas embarcações, o volume de carga transportada deve aumentar consideravelmente. “Estimamos chegar, até o final deste ano, com cerca de 1,2 milhão de toneladas de volume de carga transportada”, prevê o sócio.

A Posidonia atua em cinco segmentos estratégicos: armação, administração e operação de navios (ship management); transporte feeder de contêineres; transporte de granéis sólidos e líquidos; transporte de carga geral e veículos, e operação de apoio marítimo.