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Prejuízo com roubo de cargas pode passar R$ 2 bilhões

Publicado em 04/05/2015

As perdas decorrentes dos roubos de cargas, ocorridos em 2014, no Brasil, devem chegar aos R$ 2,2 bilhões. Essa é uma estimativa parcial, divulgada pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), durante o XV Seminário de Transporte Rodoviário de Cargas, realizado no dia 29 de abril, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Somente com mercadorias perdidas, a quantia totaliza R$ 1 bilhão. O restante refere-se ao valor dos caminhões que não foram recuperados. Conforme os dados, 3,2 mil veículos não foram encontrados, o equivalente a 22% do total. Foram, aproximadamente, 17,5 mil ocorrências no ano passado contra 15,2 mil em 2013.

A região Sudeste do País continua na liderança do total de casos. Somente os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro respondem por mais de 80% das ocorrências. Chama a atenção, ainda, os números do Estado fluminense, no qual o total de casos cresceu 10%, na comparação com 2013. “O que vem caracterizando o crime no Rio de Janeiro é a integração do roubo de cargas com outros crimes, como o tráfico de drogas. O produto do roubo é usado para financiar a atuação dos traficantes. Os criminosos atacam, geralmente, em locais de parada, em falsas blitz, com a criação de obstáculos no caminho e, também, em abordagens em movimento”, explicou o coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da NTC&Logística.

“Chegamos a um ponto inaceitável. A gravidade é tal que há lugares que companhias seguradoras se negam a segurar determinadas cargas. Isso pode causar até desabastecimento de determinados produtos”, alertou o presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes.

Os produtos mais visados pelos criminosos são eletroeletrônicos, cigarros, alimentícios, farmacêuticos, químicos e autopeças. Das ocorrências, 75% foram em áreas urbanas e 25% e rodovias.

Fonte: Agência CNT de Notícias