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Randon quebra recordes financeiros e já fala em novos investimentos para os próximos anos

Publicado em 19/03/2012

A receita líquida consolidada da empresa chegou a R$ 4,16 bilhões e o lucro líquido a R$ 269,1 milhões, com a Geração EURO V e as exportações tendo influência positiva nestes resultados. Por outro lado, o Guidance 2012 prevê receita bruta de R$ 6,1 bilhões e os investimentos somarão R$ 400 milhões.

Durante um ano em que incertezas econômicas rondaram os países de maneira global, impulsionadas pela crise na Europa, e que representou período de queda no faturamento de diversas companhias mundo afora, a Randon (Fone: 54 3209.2400) comemorou. O motivo para celebrar e já começar a dar os primeiros passos para novos investimentos nos próximos anos é evidente: a companhia registrou recordes positivos em quase todos os seus indicadores financeiros de 2011, apresentados na cidade de Caxias do Sul, RS, no último dia 28 de fevereiro, em encontro com a imprensa.

Dentre alguns valores que o Grupo Randon nunca havia alcançado até 2011 estão os R$ 6,38 bilhões em receita bruta total, soma significativamente superior aos esperados R$ 5,9 bilhões divulgados no Guidance 2011 da companhia. Em relação a 2010, a receita bruta cresceu 14,1%. “Atingir esse valor foi uma surpresa. Ao final de 2010, havia uma convicção no mercado de que o próximo ano seria de retração, de que o país não teria taxas de crescimento tão boas. Apesar disso, a indústria brasileira de veículos comerciais, como caminhões, cresceu muito e nós conseguimos superar nosso Guidance de 2011”, analisa Astor Schmitt, diretor corporativo e de relações com investidores da Randon. Durante o ano, a indústria de veículos comerciais produziu 216.270 caminhões (+13,9% sobre 2010), 47.565 chassis de ônibus (+17,4%) e 64.711 veículos rebocados (+1,5% sobre 2010). 

A antecipação de vendas e a produção promovida pela alteração na legislação de motores para o segmento, denominada Proconve 7/EURO V, foi uma das responsáveis pelos bons resultados. A pré-compra de autopeças e sistemas da Randon em função da produção dos novos motores EURO V, que deverão, por lei, emitir menos poluentes no meio ambiente, aqueceu as vendas da companhia, influenciando ativamente nos resultados apresentados ao final do ano. Apesar dos bons resultados trazido pela nova regra, Alexandre Gazzi, diretor executivo de autopeças, é cauteloso sobre o assunto. “Sofremos indiretamente com a mudança na legislação. Enquanto não tiver consumo total de veículo da geração EURO III, não venderemos peças para a fabricação da geração EURO V. Os fabricantes não vão começar a produzir um produto que vai ficar encalhado enquanto o seu antecessor não for esgotado. Acredito que até março o mercado já vai ter comercializado todo o estoque de EURO III e passará a enfocar na nova produção, afetando positivamente as nossas vendas de autopeças”, analisa.

Além dos 14,1 % de crescimento na receita bruta em relação a 2010, a receita líquida consolidada também bateu recorde e ficou em R$ 4,16 bilhões em 2011, com crescimento de 11,8 % em relação ao ano anterior. 

Mesmo com a queda de 6,6% nos lucros no quarto trimestre de 2011 em comparação ao mesmo período de 2010, o lucro bruto consolidado do ano passado ficou em R$ 1,02 bilhões, crescendo 12,4%. O quarto trimestre de 2011 também foi de queda em lucro líquido em relação a 2010, com -37,3%. Mesmo assim, o ano de 2011 representou recorde de R$ 269,1 milhões e crescimento de 7,9%. “Dezembro foi o pior mês e puxou o trimestre para baixo. Não houve desova dos nossos produtos, pois os financiamentos não estavam saindo. Houve, também, pressão para que os preços de algumas linhas caíssem”, justifica Geraldo Santa Catharina, diretor financeiro da Randon.

A empresa faturou 25.678 veículos rebocados, mais 7,6% que em 2010. Deste montante, 21.274 unidades foram emplacadas no mercado doméstico, resultando em uma participação de mercado de 32,57%.