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Renovação de frota: gestores devem considerar a manutenção de veículos

Publicado em 19/05/2022

Executivo aconselha estratégia diante do aumento do preço dos caminhões e das peças de reposição, que dificultam o trabalho das empresas de transporte e dos operadores logísticos

Por Redação


Foto: iStock

De acordo com a Agência AutoData, o preço dos caminhões cresceu 10% desde o início de 2020. Nesse cenário, que representa um desafio para as transportadoras, uma das saídas encontradas é a manutenção dos caminhões para aumentar a vida útil do veículo. Porém, dados da fabricante de implementos rodoviários Rodofort apontam que o preço do aço subiu 80% somente em março deste ano.

As vendas sofreram impacto nesse contexto, registrando baixa de 8,38%. Segundo o diretor operacional da Zorzin Logística, é essencial encontrar um ponto de equilíbrio entre manter um veículo antigo e comprar um novo. “Fazemos uma conta em que, no caso de caminhões mais velhos, dobramos a quilometragem e aumentamos o investimento nele em vez de comprar um carro novo.”

O executivo também explica que gastos são impulsionados por despesas indiretas, como o socorro mecânico, o guincho, o retorno do motorista, além dos desperdícios de recursos por causa de paradas e de mão de obra – uma das etapas do processo que mais traz prejuízos para as empresas. “O caro da manutenção chama-se trem de força, que é o motor, o câmbio e o diferencial”, descreve.

Além disso, para a diminuição do problema, certos pontos que vêm junto dos veículos novos são observados na compra, como a parte elétrica, o chicote do caminhão e o custo de remuneração de capital investido em um carro zero. Além disso, é importante ver que alguns embarcadores aceitam caminhões com até 10 anos de idade. Se o veículo estiver perto dessa data limite, a troca é praticamente obrigatória.

Dentro da Zorzin Logística, Marcel colocou em prática um sistema que mudou toda a composição dos caminhões da empresa. “Há três anos implementamos um projeto em que os nossos caminhões possuem uma média de cinco anos para veículos ‘trator’, que têm a mesma faixa etária.”

Entretanto, segundo o diretor operacional, a manutenção ainda é a melhor escolha: são necessários R$ 30 mil para arrumar um motor, mas um caminhão novo custa cerca R$ 500 mil.

“Falo que é melhor fazer a manutenção e utilizar o caminhão por mais dois ou três anos, até ver quando o mercado vai se acertar, ou se o frete conseguirá absorver o custo do aumento dos veículos, porque até agora não conseguiu.” – Marcel Zorzin, diretor operacional da Zorzin Logística.