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São Paulo deve ampliar em 40% mercado de condomínios logísticos até o final do ano

Publicado em 02/05/2013

Levantamento realizado pela Herzog Imóveis Industriais e Comerciais dimensiona o tamanho do crescimento: 1,9 milhão de m²

 

O aumento do poder de compra dos brasileiros impacta diretamente os setores de consumo, como o e-commerce, que faturou R$ 22,4 bilhões só em 2012 e tem expectativa de crescer 25% neste ano, de acordo com projeções da e-bit. Esse crescimento do consumo faz aumentar a demanda por condomínios industriais e logísticos. De acordo com um levantamento realizado pela Herzog Imóveis Industriais e Comerciais – companhia que atua há 30 anos no mercado e já comercializou mais de 20 milhões de metros quadrados –, somente o Estado de São Paulo tem previsão de receber 1,9 milhão de m² até o final de 2013, o que representa um aumento de 40% no estoque atual de empreendimentos. 

Atualmente, o Estado de São Paulo possui 4.850.000 m² de área construída de condomínios industriais e logísticos. No ano passado, o mercado recebeu 1.230.000 m² novos. “A maior parte desses empreendimentos foi entregue no terceiro trimestre de 2012, o que resultou em um aumento da taxa de vacância, explica Simone Santos, diretora de serviços corporativos da Herzog. A taxa de vacância no Estado fechou 2012 com 18,30%, o que representa um aumento diante dos 10,30% verificados no primeiro semestre do ano passado.  

O interior é o local que vai receber a maior parte do novo estoque previsto para 2013, serão 1,2 milhão de novos m² (o estudo considera cidades com distância de até 150 quilômetros da capital paulista). A proximidade à cidade de São Paulo e a facilidade de acesso às principais rodovias são os principais fatores na escolha de um empreendimento. “Os ocupantes preferem locais mais próximos a São Paulo para facilitar o processo de escoamento de mercadorias. Porém, quanto mais próximo da capital, maior será o valor da locação e por isso o interior pode ser uma alternativa”, explica Santos. 

A Grande São Paulo, região consolidada há anos nesse segmento, figura como o segundo destaque no levantamento, pois tem a previsão de receber 560 mil m². “Embora os preços praticados nessas cidades sejam superiores ao de outras localidades, com diferenças pequenas, elas ainda oferecem valores melhores, quando comparadas a São Paulo”. As empresas também ganham em relação à agilidade, em razão da proximidade à capital paulista, isso sem mencionar a restrição de circulação de caminhões, em determinados horários, que tornam o processo mais complexo. 

A capital é a região que menos receberá condomínios industriais e logísticos. A previsão é de apenas 170 mil m², porém grande parte deles ainda está aguardando aprovações da prefeitura, o que poderá atrasar as entregas. “O elevado custo dos terrenos em São Paulo inviabilizam projetos com esse perfil, pois são cada vez mais raros espaços que comportem condomínios industriais e logísticos e, quando estes surgem, estão localizados principalmente nas rodovias, nas fronteiras com municípios vizinhos”, comenta Santos. Por conta da baixa expectativa de receber novos empreendimentos, a taxa de vacância da região, que nos últimos seis anos nunca esteve acima de 4%, deve se manter no mesmo patamar ou, até mesmo, inferior ao verificado atualmente.