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TI se torna diferencial para empresa logística

Publicado em 25/04/2012

Melhorar segurança dos dados e reduzir custo de manutenção. Essas eram algumas das premissas da Exologística, empresa com sede na Argentina e representação no Brasil e no Uruguai, quando iniciou o desenho de substituição de um dos seus principais sistemas: o WMS, ou sistema de gerenciamento de armazém.

Por trabalhar com todos os serviços da cadeia de abastecimento (controle, recepção, armazenamento, roteiro de despacho e preparação), Héctor Fernández, responsável por projetos e sistemas logísticos na empresa, sabe que, dentro de um negócio tão complexo, o investimento em TI pode ser um grande diferencial competitivo.

Só para citar alguns números, eles gerenciam 400 mil metros de depósitos de armazenamento e entre os clientes atendidos estão Nike, Phillips, P&G, Pepsico, Unilever e LG Eletronics. Diante de um cenário onde a dependência de uma infraestrutura obsoleta poderia comprometer a qualidade do serviço prestado, em 2008 a Exologística iniciou um processo de escolha do novo fornecedor. Embora a companhia precisasse trocar o WMS e também o TMS, que faz a gestão de transporte, nesta primeira etapa o foco ficou na gestão dos armazéns.

Foram seis meses de trabalho e conversas com diversos provedores, como lembrou Fernández. Ao final, para substituir o WMS S400, ficaram três finalistas: Infor, RedPrairi e Manhatann. Esta última, por custo muito elevado foi eliminada na primeira análise. A RedPrairi cumpria bem vários requisitos, mas a falta de suporte local pesou. Além do suporte local, o fato de o software antigo ser da Computer Associates, adquirida pela Infor, influenciou a compra.

“Iniciamos o processo de migração para o WMS da Infor com duas operações. Nos primeiros meses estava tudo muito complexo. Não tínhamos na empresa e precisávamos de capacitação. Além disso, a versão para instalar ainda não estava totalmente madura e isso veio com o tempo”, relembra o executivo.

Uma das premissas da área de TI da Exologística é manter o software sem personalização, com o intuito de facilitar implantação e atualização e também reduzir o custo. Ele lembra que quando iniciou a migração, a Nike, especificamente, havia ficado preocupado, por ter enfrentado problemas com um operador logístico no Brasil que havia trocado de sistemas. “Tinha muita pressão em cima da gente. Mas tudo correu bem, durou entre seis e nove meses e em 2011 estava rodando. Coincidiu com uma migração global de SAP da Nike.”

Esse temor do cliente é factível. Como explicou Fernández, existe uma camada de integração da plataforma WMS com o ERP do cliente, para que possa haver troca de informações e qualquer problema com essa interface pode prejudicar todo o processo. Ele conta que nas primeiras implantações contou com ajuda da Infor e, depois, optou por montar uma equipe interna mutidisciplinar, com duas pessoas da TI especialistas em Infor, um analista e um líder funcional e uma pessoa de engenharia que ajuda a armar com o responsável pela operação o modelo que descreve como a informação será trabalhada.

O ERP, por enquanto, é o Condor, de um fabricante local, mas como a Exologística é parte de um grupo maior, em breve, migrará para a plataforma SAP. Mas o WMS permanecerá da Infor, até pela facilidade de integração e possuir uma interface intuitiva. Já o TMS, segue sendo da S400, mas a empresa já abriu uma disputa para efetuar a troca. Eles já tiveram conversas com fornecedores, mas boa parte dos sistemas não se adéqua às regras de Brasil e Argentina.

“Custos logísticos é um tema extremamente crítico, a rentabilidade tem reduzido e a TI oferece uma alternativa de redução de custo e, por isso, ferramentas versáteis, que melhoram produtividade e reduzam custos logísticos, são fundamentais. A tecnologia tem sido variável importante”, garante.

Fonte: Informationweek