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Transporte de cargas ferroviárias pode chegar a 550 milhões em dois anos

Publicado em 14/10/2014

A projeção é de um aumento de 12,5%, a curto prazo. Segundo a ANTF, nos últimos 17 anos, o setor cresceu 80%.

“Vivemos um momento positivo”. Esta é a afirmativa do presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Gustavo Bambini, sobre a situação do transporte ferroviário de cargas brasileiro. A entidade projeta um crescimento de 12,5% na movimentação de cargas ferroviárias até 2016, podendo chegar a 550 milhões de toneladas úteis.

De acordo com Bambini, desde a segunda metade dos anos 90, com as concessões, a ferrovia não surgia com tanta força na agenda nacional. Os esforços do governo para criar uma política pública efetiva para o setor, concentrada no Programa de Investimentos em Logística (PIL), fortaleceu os investimentos no modal.

Em 1997, o Brasil transportava, por meio dos trens, cerca de 250 milhões de toneladas. Hoje,  esse  volume  é  de  mais  de  450  milhões  de TU, quase  80% de incremento. “Mesmo sem considerar o efeito estruturador dos projetos  greenfield (projeto que começa do zero) na  área, justamente aqueles em que os esforços do governo  se  concentram, entendemos que essa é uma tendência a ser mantida”, acrescenta o presidente. Alguns  segmentos,  em  particular,  como  o  transporte de carga geral e de grãos, têm demonstrado grande vigor, quando se trata de demanda crescente e vantagens competitivas.

Potencialmente, considerando  novos  trechos e a manutenção dos investimentos das atuais concessionárias, a participação do trem no mix de transporte de cargas tem condições para saltar dos atuais 30% para algo em torno de 45%, até 2031, segundo estudos recentes. O presidente analisa, nessas novas perspectivas, uma oportunidade favorável de crescimento para o setor em todos os sentidos. “Existe  um  entendimento,  amplamente  disseminado,  da  importância central  das  ferrovias  de  carga  para  a  competitividade  da  indústria nacional, o  equilíbrio da balança comercial e todos os ganhos  sociais  decorrentes, tanto em termos de geração de emprego e renda, quanto para o desenvolvimento local e a da mobilidade urbana de nossas cidades.”