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Transporte por cabotagem cresce 24,7% no Brasil

Publicado em 15/01/2020


Estudo da Antaq atribui o crescimento do transporte por cabotagem a greve dos caminhoneiros em 2018 e a instauração da tabela de fretes rodoviários


A tonelagem de cargas transportada em linhas de cabotagem no Brasil, no primeiro semestre do ano passado, cresceu 24,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados integram estudo da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o órgão regulatório do setor.


Porta-contêineres

A capacidade utilizada da frota de porta-contêineres nessa modalidade de transporte, que é caracterizada pela movimentação de cargas em navios ao longo da costa de um país, chegou a 76,2% em agosto de 2019, de acordo com o mesmo levantamento.

 

Causas do crescimento do transporte por cabotagem

Segundo técnicos da Antaq, esse crescimento é resultado, principalmente, da greve dos caminhoneiros de maio de 2018, que ocorreu em diversos pontos do país, e da consequente instauração da tabela de fretes rodoviários pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Devido ao protesto e a essa regulação, o transporte de cabotagem passou a ser visto de forma mais atraente pelos donos de cargas, como um meio mais economicamente viável.
Dados do Sistema de Desempenho Portuário (SDP), da Antaq, mostram um crescimento de 28% na cabotagem de 2010 a 2018, um salto de aproximadamente 127 milhões para 163 milhões de toneladas movimentadas por meios aquaviários.
O transporte de contêineres se destacou no período, crescendo continuamente desde 2010, atingindo a participação de 18,1% em 2018 e se consolidando como o segundo maior perfil de carga transportada na cabotagem. Os granéis líquidos e gasosos seguem em destaque.