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Vale define nova estratégia para transporte de minério

Publicado em 22/12/2011

Nos próximos dois anos, o mercado asiático, com destaque para a China, vai responder por cerca de 80% do total de vendas de minério de ferro da Vale no mercado global. De pouco mais de 300 milhões de toneladas que a companhia coloca no mercado transoceânico, 250 milhões irão para a Ásia, prevê José Carlos Martins, diretor executivo de operações integradas. "A Ásia se tornará cada vez mais o principal mercado da Vale." 

Para garantir competitividade com os australianos nesse mercado geograficamente distante é preciso ter uma logística eficiente de transporte, defendeu o executivo. "A Vale não pretende abandonar a estratégia de transporte marítimo de minério de ferro por frota própria, pois tem de garantir competitividade ao produto", afirmou. Segundo ele, a nova gestão manteve a estratégia de embarcar minério de ferro "sob suas ordens". A mudança, conforme destacou, será na alocação de capital. "A Vale vai priorizar a contratação de embarcações no longo prazo contra a aquisição de supergraneleiros". 

Martins admitiu que a empresa poderá vender parte de seus cargueiros Valemax, de um total de 19 encomendados em 2008 ao custo de US$ 2,1 bilhões. "Preferimos vender e não ter este capital imobilizado. Operamos nessa premissa. Se aparecer alguém com frete competitivo e disposto a comprar nós fazemos acordo com ele". 

Segundo informou, a Vale tem frota de longo curso de 80 navios, dos quais quatro são Valemax e 35 são próprios, incluindo navios menores do tipo Capesize e Panamax. A ela serão incorporadas mais 15 Valemax comprados a estaleiros chineses e coreanos e mais 16 contratados no longo prazo também na Ásia. "Os 16 navios contratados têm contratos de transportar o minério da Vale por 25 anos. Não vamos ficar contratando frete no spot".